quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Repensar a realidade

O mundo em geral está num beco sem saída. Todo o sistema económico, político e até social necessitaria de ser repensado para podermos seguir em frente e não andarmos "atolados em lama e areias movediças cada vez mais vorazes". Mas o homem é um ser resisitente à mudança.

Alguns, poucos, dão se ao trabalho de reflectir, de propor alternativas e de as expor sem medos e receios. É o caso do sociólogo Luís Valente Rosa que em entrevista à Visão nos dá a sua perspectiva de algumas coisas que se poderiam mudar. Não posso dizer que me identifico com tudo o que expõe, muito menos afirmar que as suas ideias são viáveis (até porque apenas o conheço desta entrevista), mas gosto da sua frontalidade e coragem de pensar "fora da caixa".

Passo a citar alguns aspectos que considerei interessantes:

"[os alunos] precisam de uma educação cívica e humanística que una os homens em vez de uma formação que, como acontece actualmente, só serve para odiarmos o nosso semelhante: O que é o homem? O que é que o dignifica? Quais as responsabilidades do homem para com o planeta? Também é preciso ensinar arte, porque a arte é aquilo que o homem tem de melhor, ensinar que o homem é um ser grandioso e que, do nazismo ao comunismo, todas as desgraças que tem vidido são produto dessa ausência da noção do homem global."

"Um operário é um ser igual a um engenheiro. A minha ideia é que, para o homem poder construir a sua vida em liberdade de ação, de oportunidades  e de escolhas, é preciso instituir uma meritocracia, uma palavra inexistente na língua portuguesa. As pessoas devem ser avaliadas pelo seu desempenho. E não me escandalizaria que um indíviduo com altas capacidades mas com baixo desempenho fosse remunerado abaixo de um indíviduo com poucas capacidades mas com elevado desempenho."

"As pessoas têm uma grande incapacidade de pensar à luz de uma realidade que não é a sua."

Ideias utópicas ou não... é certo que necessitamos de mudança!

2 comentários:

  1. Utopia significa "lugar nenhum", mas também significa perfeição. Mas não significa impossibilidade.

    No meu site www.luisvalenterosa.pt, poderá descarregar gratuitamente o livro "Talvez amanhã", e outros, e avaliar melhor as minhas "utopias".

    Obrigado pela referência. Luís Valente Rosa

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  2. Acho que o motivo principal para que as coisas não mudem é porque neste sistema econômico até mesmo quem diz ser contra, tem a esperança de que ele vire a seu favor. Quase todos criticam as injustiças sociais e o fato de alguém não fazer por merecer e ter ordenados exorbitantes, no entanto queriam estar no lugar destas pessoas. Meu marido e eu costumamos debater muito isto, e a conclusão é de que todo mundo tem um preço: uns podem se vender por milhares outros por milhões. E que trabalho compra uma casa, um ou dois carros, mas de forma alguma compra um iate, uma ilha, um jatinho, sem que seja preciso pisar na cabeça de muitos para alcançar este feito.
    beijinhos

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