Já não há pachorra para isto. A ideologia do politicamente correcto tornou-se uma autêntica ditadura que não permite espaço para o humor, nem contextualização histórica, nem sequer uma pitadinha de bom senso. Estamos perante uma espécie de fascismo social e relacional.Vale a pena ler o artigo de opinião de José Brissos-Lino, na Visão, a respeito do extremismo que é actualmente aplicado a comentários, imagens e afins que surgem nas redes sociais e a forma como são interpretados e julgados por quem os lê.
Mostrar mensagens com a etiqueta valores. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta valores. Mostrar todas as mensagens
quarta-feira, 9 de outubro de 2019
Sobre Conguito e Aladino...
quinta-feira, 18 de julho de 2019
A Rubra levou-me às lágrimas
Terminei há poucos dias a leitura de Rubra: a árvore dos desejos da autoria de Katherine Applegate. E quase não tenho palavras para descrever a sua beleza, força, impacto e mensagem. Apesar de recomendado para uma faixa etária jovem, considero que este livro pode e deve ser lido por qualquer pessoa de qualquer idade. No final o leitor só pode sair a ganhar.
Contrariamente ao habitual o narrador é uma árvore. Uma árvore com 216 anos, logo com uma bagagem vivencial muito grande. Através dos seus olhos acompanhamos o desenvolvimento da história e vivemos e sentimos mil e uma emoções.
Li este livro em voz alta para o meu filho que também adorou. E quase no final acabamos ambos de lágrimas nos olhos!
sexta-feira, 10 de maio de 2019
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Deprime-me...
O tema dos refugiados que todos os dias chegam a Europa deprime-me por dois motivos:
- O desespero de todas aquelas pessoas que nada têm e tudo arriscam na esperança de conseguir ver uma luz ao fundo do túnel;
- E os estranhos valores em que assentam as sociedades ocidentais.
A maior parte de nós preocupa-se apenas consigo mesma. Com o seu próprio bem-estar. Julgam estas pessoas sem as conhecerem, carimbando-as a priori como potenciais terroristas... Ameaça ao futuro.
E se fôssemos nós a estar do outro lado da barricada? Num cenário de guerra? De ameaça constante, violações e outras barbaridades? O que faríamos? Com certeza também arriscariamos tudo na procura de paz e esperança e gostaríamos que alguém nos abrisse os braços... Ou não?
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Concordo plenamente!
“Devia ser proibido ensinar a ler e a escrever no jardim de infância”. A ideia foi defendida por Eduardo Sá no encontro “Vale a Pena ir à Pré”, uma iniciativa conjunta da Carlucci American International School of Lisbon (CAISL) e da revista Pais&filhos destinada a debater e esclarecer o valor do ensino pré-escolar na educação de uma criança. (…)
“O jardim de infância não é para aprender a ler nem a escrever”, criticou, lembrando que “as crianças antes de aprender a ler, aprendem a interpretar “ e que “não é por tornarmos uma criança um macaquinho de imitação que ela vai ser mais inteligente”. Eduardo Sá, psicólogo clínico com grande parte da sua carreira dedicada à psicologia infantil, defendeu que o jardim de infância deve antes ser um local onde a criança exerça atividade física pois, justificou, “as crianças aprendem a pensar com o corpo” e se souberem mexer o corpo “mais expressivas serão em termos verbais”.
Além disso, prosseguiu, o jardim de infância deve ser um local para a criança receber educação musical (“a música torna-os mais fluentes na língua materna”) e educação visual (“quanto mais educação visual tiverem, menos dificuldades têm de ortografia”). Por outro lado, disse ainda, as crianças precisam de “contar e ouvir histórias” no jardim de infância, sublinhando que “as histórias ajudam a pensar” e a “linguagem simbólica a arrumar os pensamentos”.
Mas, mais que tudo isso, o jardim de infância deve ser um espaço para a criança brincar. A brincadeira é um “património da humanidade” que a ajuda “a pensar em tempo real e a resolver dificuldades”, salientou o psicólogo, sublinhando que “brincar não pode ser uma atividade de fim de semana” nem os espaços para brincar podem estar confinados a pátios fechados. “É obrigatório que as crianças brinquem na rua”, defendeu. (…)
Fonte: http://www.paisefilhos.pt/index.php/actualidade/noticias/6211-eduardo-sa-e-o-ensino-pre-escolar
“O jardim de infância não é para aprender a ler nem a escrever”, criticou, lembrando que “as crianças antes de aprender a ler, aprendem a interpretar “ e que “não é por tornarmos uma criança um macaquinho de imitação que ela vai ser mais inteligente”. Eduardo Sá, psicólogo clínico com grande parte da sua carreira dedicada à psicologia infantil, defendeu que o jardim de infância deve antes ser um local onde a criança exerça atividade física pois, justificou, “as crianças aprendem a pensar com o corpo” e se souberem mexer o corpo “mais expressivas serão em termos verbais”.
Além disso, prosseguiu, o jardim de infância deve ser um local para a criança receber educação musical (“a música torna-os mais fluentes na língua materna”) e educação visual (“quanto mais educação visual tiverem, menos dificuldades têm de ortografia”). Por outro lado, disse ainda, as crianças precisam de “contar e ouvir histórias” no jardim de infância, sublinhando que “as histórias ajudam a pensar” e a “linguagem simbólica a arrumar os pensamentos”.
Mas, mais que tudo isso, o jardim de infância deve ser um espaço para a criança brincar. A brincadeira é um “património da humanidade” que a ajuda “a pensar em tempo real e a resolver dificuldades”, salientou o psicólogo, sublinhando que “brincar não pode ser uma atividade de fim de semana” nem os espaços para brincar podem estar confinados a pátios fechados. “É obrigatório que as crianças brinquem na rua”, defendeu. (…)
Fonte: http://www.paisefilhos.pt/index.php/actualidade/noticias/6211-eduardo-sa-e-o-ensino-pre-escolar
Deixemos as crianças ser crianças. Elas têm tempo para crescer!
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Números e mais números...
"Sabemos que a austeridade teve já resultados catastróficos na vida material (e na saúde e na morte) dos portugueses. Sabemos menos como ela afeta a prática da democracia. Muito pouco conhecemos dos seus efeitos na vida psíquica e espiritual e no nosso ânimo vital. A verdade é que se criou uma atmosfera com a ditadura das finanças que contamina e envenena a vida. Como no reino do Rei Ubu, «mestre das Phunanças».
O discurso incessantemente matraqueado sobre as «metas orçamentais», as percentagens das taxas de desemprego, de pauperização, da fome, os mil gráficos sobre toda a espécie de fenómenos sociais, fazem tudo passar pelos números. Estes rebatem-se sobre as coisas, sobre os pensamentos, os afetos, as relações entre os seres, sobre o prazer e a dor, sobre as ambições e os sonhos. Rebatem-se e absorvem-nos. O prazer deixa de existir em si, é condicionado e avaliado pelo seu custo, tornando-se mesmo o prazer do preço.
Não só se contêm os gestos, se reduzem os possíveis de uma vida, se encolhe a existência, se abafa ainda mais, mas é a própria textura dos sonhos que adoece, se limita e petrifica. Deixou-se de sonhar. É um assassínio do espírito."
José Gil In Visão nº 1053 (9 de Maio de 2013)
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Educar é humanizar...
Já vos disse que gosto muito do blog "mum's the boss"? Hoje apresenta-nos uma interessante reflexão sobre a educação e o recorrer ou não à palmada.
As crianças precisam de ser crianças
Em Julho o meu pimpolho completa três anos de vida e no fim desse mês terminará uma etapa: a creche. Ando há meses a pensar em que jardim-de-infância o irei inscrever. Infelizmente para quem vive numa vila do interior as opções são muito reduzidas: 2 jardins públicos e uma IPSS, mesmo assim a escolha de qualquer uma destas tem prós e contras.
Colocamos tudo na balança e a decisão estão quase certa.
1) O primeiro jardim-de-infância fica na vila onde resido e trabalho. Mas funciona num agrupamento com cerca de 300 crianças... para meu gosto demasiada confusão. As infra-estruturas são novas e distam cerca de 500 metros do meu serviço.
2) O segundo jardim-de-infância fica a 3 kms (os mesmos que faço actualmente para o levar à creche). As instalações não são novas, mas foram requalificadas a alguns anos atrás. Tem um ambiente familiar e turmas pequenas.
3) A IPSS fica também na vila, perto de casa e do serviço. Mas custa muitos euros e nos dias que correm ninguém os tem para esbanjar. Quanto ao projecto educativo não varia muito das 2 outras opções.
Ainda me falta ir visitar os 2 jardins-de-infância para conhecer as pessoas que lá trabalham e os espaços. Mas acho que não vai influenciar muito a minha decisão.
Vou provalmente optar pelo segundo Jardim-de-infância: porque é mais pequeno, tem um ambiente mais familiar e o pequeno terá o prolongamento de horário na mesma instituição onde agora frequenta a creche. Ou seja não terá de quebrar todas as ligações com a etapa anterior.
Tenho algumas colegas que me tentaram demover desta escolha, mas os motivos que me apresentam não são válidos para mim: alegam que no primeiro jardim-de-infância eles aprendem mais. Ora nesta fase o que mais me interessa é que o pequeno desenvolva a criatividade, a imaginação, que possa brincar e explorar. Para números e letras terá mais de que tempo quando chegar ao primeiro ciclo.
Reparo que muitos pais quase exigem que os filhos terminem o jardim-de-infância a saber contar, ler e escrever. Como complemento ainda os inscrevem em aulas disto e daquilo... e pergunto-me: e a criança onde fica? As crianças precisam de espaço e tempo para serem crianças. Precisam de poder viver a infância na sua plenititude.
Se o meu filhote quiser aprender números e letras não lho negarei, mas nunca antes de chegada a devida altura lho imporei. Ele é curioso e perspicaz e demonstra muito interesse sobre tudo o que o rodeia: sem ninguém pressionar ou impor aprendeu a contar até 12, reconhece os números de 1 a 10 e reconta as histórias que lemos. Mas fá-lo porque quer e não porque nos o queremos.
Acima de tudo queremos que ele seja feliz. Que seja criança...
Etiquetas:
Crianças,
educação,
filhos,
Maternidade,
valores
sábado, 29 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Oito segredos para ser feliz!
Não existem fórmulas mágicas, nem soluções precisas. Ser feliz requer empenho, descoberta e conhecimento de nós próprios…
1) Apreciar a solidão
“A maioria das pessoas, ao ver aproximar-se a morte, arrepende-se mais do que não fez do que dos seus actos. É habitual lamentarem não ter dedicado mais tempos aos interesses que exigem isolamento, e terem-se deixado arrastar para actividades em grupo pela pressão social. (…) Vivemos num mundo que fomenta a extroversão. (…) Não se costuma valorizar o estar sozinho até se alcançar uma certa idade."
2) Cultivar e preservar a amizade
“contar com uma rede social sólida é tão importante como levar uma vida sem excessos, comer bem ou praticar desporto.”
3) Boas intenções
“Para colocar em prática planos em prol dos outros, o impulso altruísta tem de ser acompanhado de uma boa análise da realidade: saber se são exequíveis e se poderemos levá-los a cabo. Caso contrário é melhor desistir.”
4) Saber perder tempo
“É essencial dispor de espaços e tempo para desligar. (…) Espairecer de vez em quando não significa falta de motivação. O segredo reside em saber conciliar três factores: não ter expectativas materiais excessivas, não cobiçar e não se comprometer a cumprir tarefas que depois, não se pode realizar. Saber parar ajuda-nos a ser mais eficazes, mesmo profissionalmente."
5) Procurar afinidades
“Por vezes, quando se trata de escolher, deixamo-nos levar pela oportunidade, em vez de procurarmos pessoas com quem sejamos realmente compatíveis. (…) Quando os casais deixam de olhar um para o outro e começam a olhar para a vida juntos, por vezes descobrem, já tarde, que não possuem nada em comum. O afecto não chega…”
6) Saber dosear
“Tudo pode ser remédio ou veneno, consoante a dose. (…) É essencial saber dosear o autodomínio, a confiança nos outros ou as tendências para a dependência.”
7) Mente são em corpo são
“Os hábitos condicionam-nos muito mais do que pensamos. Metade das nossas acções e decisões é inconsciente. Tais automatismos são, por vezes, prejudiciais e quase todos querem mudá-los, mas não é fácil, pois estão gravados no cérebro.”
8) Aceitar os outros
“Por sermos tão exigentes, ninguém satisfaz as nossas expectativas e acabamos por perder pessoas que, com um pouco mais de abertura ficariam ao nosso lado e contribuiriam para a nossa felicidade. (…) É preferível aceitar o que não gostamos no outro do que tentar modificá-lo.”
Excertos do artigo Como ser feliz publicado na revista Super Interessante nº 177 (Janeiro 2013)
Etiquetas:
felicidade,
psicologia,
sentimentos,
valores,
Vida
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Aliviar a pressão profissional
Hoje mais uma vez vou aproveitar as minhas leituras para fazer um post. A crise está instalada nas nossas vidas, e admito que me sinto muito céptica sobre todas as medidas que têm vindo a ser tomadas. Não consigo acreditar que elas sejam a solução para se sair deste imenso buraco.
Chegamos a um ponto em que acho que só mudando toda a organização da sociedade, redefinindo os objectivos e as prioridades é que conseguimos reequilibrar o barco.
Não me alongo mais sobre estas minhas ideias, por dois motivos: por um lado teria que me alongar demasiado, e por outro lado elas carecem de amadurecimento.
Chegamos a um ponto em que acho que só mudando toda a organização da sociedade, redefinindo os objectivos e as prioridades é que conseguimos reequilibrar o barco.
Não me alongo mais sobre estas minhas ideias, por dois motivos: por um lado teria que me alongar demasiado, e por outro lado elas carecem de amadurecimento.
Embora eu não me sinta preparada para aprofundar esta temática, há quem o faça e sem medos ou pudores escreva o que lhe vai na alma. Dei uma rápida olhada na mais recente edição da revista Biosofia e gostei muito de ler o editorial de José Manuel Anacleto, que vai de encontro às minhas ideias. Vivemos numa sociedade em que o individuo cada vez se assemelha mais a uma máquina: há que produzir, produzir, consumir, consumir! E o resto que faz de nós seres humanos? Onde está? Que tempo nos resta para sermos pessoas?
“A prova de que as pessoas são máquinas e estabeleceram o culto universal das palas da especialização instrumental, é que hoje os jovens não são educados e instruídos para se engrandecerem cultural e vocacionalmente, e sim apenas para se alistarem nas filas de profissões que acumulam dinheiro e interessam e alimentam o monstro voraz que é o regime. Os estudos são formatados em função do “mercado de trabalho” (triste expressão, só por si significativa).
Quem consagra oito, dez, doze e mais horas da sua vida diária a uma profissão (e necessária viagem de ida e regresso), e chega à noite em casa exaurido para então enfrentar os deveres para com a família, não pode ter tempo nem espaço interior para deixar que emerja e germine o verdadeiro potencial próprio, que todos temos. A esmagadora maioria da população mundial está assim condenada à asfixia e inibição de toda esta riqueza, a mais importante e válida de todas.”
“A prova de que as pessoas são máquinas e estabeleceram o culto universal das palas da especialização instrumental, é que hoje os jovens não são educados e instruídos para se engrandecerem cultural e vocacionalmente, e sim apenas para se alistarem nas filas de profissões que acumulam dinheiro e interessam e alimentam o monstro voraz que é o regime. Os estudos são formatados em função do “mercado de trabalho” (triste expressão, só por si significativa).
Quem consagra oito, dez, doze e mais horas da sua vida diária a uma profissão (e necessária viagem de ida e regresso), e chega à noite em casa exaurido para então enfrentar os deveres para com a família, não pode ter tempo nem espaço interior para deixar que emerja e germine o verdadeiro potencial próprio, que todos temos. A esmagadora maioria da população mundial está assim condenada à asfixia e inibição de toda esta riqueza, a mais importante e válida de todas.”
Leiam, o texto (aqui) pois é de facto interessante.
Subscrever:
Mensagens (Atom)