quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Últimas frases... (IV)


"E também dentro de mim a onda se ergue. Cresce, arqueia o dorso. Uma vez mais sinto renascer em mim um desejo, qualquer coisa que vem do mais fundo de mim, como o altivo cavalo que o esporeia e em seguida refreia. Tu, sobre quem cavalgo, diz-me que inimigo vemos agora avançar contra nós, neste momento em que golpeias a calçada com os teus cascos? É a Morte. A Morte é o nosso inimigo. É contra a morte que cavalgo de lança em riste e os cabelos flutuando ao vento, como os de um jovem, como os de Percival quando galopava na Índia. Cravo as esporas nos flancos do meu cavalo. Invencível e indómito é contra ti que combato, oh Morte!

As ondas desfazem-se na praia."

Virginia Woolf in As Ondas


terça-feira, 30 de outubro de 2012

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Cantei demais ou canto muito mal!


Eu até sei a resposta, mas para me iludir a mim mesma prefiro fingir que estou na dúvida.

Durante a minha gravidez e tal como os especialistas da matéria recomendam, falei e cantei muito para a minha barriguinha... talvez demais!

Pois agora quando canto, o meu pirralho diz logo: - Já chega mãe!!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Acordar de madrugada

(nem este quadro na parede,
o convence que dormir até mais tarde é bom)

Já não é a primeira vez, nem a segunda e provavelmente nem a terceira que me queixo de ter que madrugar! A ladaínha continua e de há uns meses para cá tenho acordado, ou melhor sido acordada, por sua excelência meu filho às 6 da manhã. A primeira vez que chama é um "Mãe" subtil e suave, mas a cada repetição o tom vai subindo até que chegamos a um Mãeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
 
Ele já dorme no seu quartinho, que por acaso não é contíguo ao meu. Nas primeira noites ainda usei o intercomunicador, mas rapidamente o dispensei. Pois o aparelho aumentava ainda mais a frequência dos chamamentos...
 
Enquanto sua excelência vai chamando apenas mãe, sem choro ou irritação, eu vou-me deixando estar no ninho a ver se ele ou eu tornamos a adormecer. Mas é completamente impossível porque o mini gajo é persistente. É capaz de estar 40 minutos seguidos: Mãe, Mãe, Mãee, Mãeeee, Mãeeeee! Mãe, Mãe, Mãee, Mãeeee, Mãeeeee!
 
Digam-lá se é ou não uma bela forma de acordar todos os dias?!?!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Poemas da Minha Vida V


Embriaga-te de Charles Baudelaire

Deves andar sempre bêbado. É a única solução.
Para não sentires o tremendo fardo do tempo que te pesa
sobre os ombros e te verga ao encontro da terra,
deves embriagar-te sem cessar.
Com vinho, com poesia ou com a virtude. Escolhe tu,
mas embriaga-te.
E se alguma vez, nos degraus de um palácio,
sobre as ervas de uma vala, na solidão morna do teu quarto,
tu acordares com a embriaguez atenuada, pergunta ao vento,
à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que canta,
a tudo o que fala; pergunta-lhes que horas são: «São horas
de te embriagares. Para não seres como os escravos martirizados
do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem descanso. Com vinho,
com Poesia, ou com a virtude.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Educar...

Concordo com esta frase a 100%!
Raízes e asas é o que todos precisamos
para seguir em frente na vida!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A voz dos poetas nunca se cala!

Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,

pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.

Manuel António Pina,
in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde"

Até sempre!

Bom dia!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Aliviar a pressão profissional


Hoje mais uma vez vou aproveitar as minhas leituras para fazer um post. A crise está instalada nas nossas vidas, e admito que me sinto muito céptica sobre todas as medidas que têm vindo a ser tomadas. Não consigo acreditar que elas sejam a solução para se sair deste imenso buraco.

Chegamos a um ponto em que acho que só mudando toda a organização da sociedade, redefinindo os objectivos e as prioridades é que conseguimos reequilibrar o barco.

Não me alongo mais sobre estas minhas ideias, por dois motivos: por um lado teria que me alongar demasiado, e por outro lado elas carecem de amadurecimento.
Embora eu não me sinta preparada para aprofundar esta temática, há quem o faça e sem medos ou pudores escreva o que lhe vai na alma. Dei uma rápida olhada na mais recente edição da revista Biosofia e gostei muito de ler o editorial de José Manuel Anacleto, que vai de encontro às minhas ideias. Vivemos numa sociedade em que o individuo cada vez se assemelha mais a uma máquina: há que produzir, produzir, consumir, consumir! E o resto que faz de nós seres humanos? Onde está? Que tempo nos resta para sermos pessoas?

“A prova de que as pessoas são máquinas e estabeleceram o culto universal das palas da especialização instrumental, é que hoje os jovens não são educados e instruídos para se engrandecerem cultural e vocacionalmente, e sim apenas para se alistarem nas filas de profissões que acumulam dinheiro e interessam e alimentam o monstro voraz que é o regime. Os estudos são formatados em função do “mercado de trabalho” (triste expressão, só por si significativa).
Quem consagra oito, dez, doze e mais horas da sua vida diária a uma profissão (e necessária viagem de ida e regresso), e chega à noite em casa exaurido para então enfrentar os deveres para com a família, não pode ter tempo nem espaço interior para deixar que emerja e germine o verdadeiro potencial próprio, que todos temos. A esmagadora maioria da população mundial está assim condenada à asfixia e inibição de toda esta riqueza, a mais importante e válida de todas.”

Leiam, o texto (aqui) pois é de facto interessante.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Uma interessante opinião: Escola para todos ou para alguns?

Luísa Lobão Moniz, Professora, Animadora SócioCultural, Mestre em Relações Interculturais e Doutoranda em Ciências da Educação, Educação Intercultural, escreve esta semana uma interessante artigo no Jornal de Letras, Artes e Ideias sobre o estado da escola em Portugal. Vale a pena ler e reflectir:

“De um lado da barricada a Escola para todos não quer abdicar, e bem, dos apoios educativos, culturais (mediadores), de Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família, de tempo, mas do outro lado da barricada lançam-se setas certeiras e a Escola volta a ser apenas dos professores e dos alunos, porque os especialistas de outras áreas da educação, implicam mais dinheiro, o que a Troika não quer “dar” e que a tutela aceita, não só porque tem que ser, mas porque acredita mais na economia do que na educação de um povo que já viveu demasiados anos de obscurantismo e que por isso ainda vai aceitando prepotências indignas de uma sociedade democrática.”

 Clique para ler o texto na íntegra.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Devoluções... trocas e reembolsos

Ontem fui comprar uns botins numa loja local. Estava a precisar e gostei de um modelito que vi na montra de uma loja aqui da terreola. O preço (14.99 €) era acessível e resolvi comprar.

Quando cheguei ao trabalho e olhei melhor para a minha compra, vi que tinha defeito. E assim sendo hoje regressei à loja para fazer a troca ou devolução.

Não tinham nenhum outro par igual... talvez recebam mais até à próxima semana. Questionei então sobre o reembolso e para meu espanto a empregada diz-me: - o meu patrão não faz reembolsos.

Não???? Então e a lei? Para que serve?

Deixei lá os botins, nem sequer tinha talão de compra (pois não foi feito) e trouxe um papelinho mansucrito que supostamente serve de talão de troca.

Disse à moça que voltaria dentro de uma semana e se de facto não tivesse uns botins iguais, mas sem defeito, para me entregar, que queria ser reembolsada. Ao que ela respondeu: - pois, mas isso não adianta. Eu não posso reembolsar.

Ao que respondi: - Pois mas eu tenho esse direito e se nesse dia não for reembolsada, farei uma reclamação por escrito sobre a situação.

Não gosto de prejudicar ninguém... mas acho que isto é demais. Se o caso não fôr resolvido a bem... será a mal!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Pais e filhos


Porque é que os pais divorciados quase sempre se esquecem que o importante no que diz respeito aos filhos é o equilíbrio e o bem-estar emocional da criança? Muitos são incapazes de esquecer as lutas e olhar racionalmente para o interesse da criança, deixando de lado as guerrilhas, a luta pelo poder, o odeio e os rancores que não conseguiram apaziguar.

Escutei sem intenção uma discussão que ocorreu na rua frente à minha casa. Um casal que se separou ainda antes do filho completar 1 ano.

O pai veio entregar a criança. Foi recebido aos gritos pela mãe. Cheia de insultos, ameaças e usando palavrões a torto e a direito. A criança ao colo do pai.

Do que me apercebi, o pai em vez de ficar com o filho, deixou-o aos cuidados de uma tia.

Os gritos continuaram e eu desliguei.

Não sei quem tem razão ou deixa de a ter.

Não sei pormenores da história.

Porém fico chocada, sobretudo com a atitude da mãe. O pai conteve-se e a voz dele mal se chegou a ouvir. Da mãe não é a primeira vez que ouço gritos e palavrões, contudo se discordou de alguma coisa que o pai tenha feito, deveria ter falado com ele calmamente ou quando o filho, que afinal ainda é quase um bebé, não estivesse presente.

Não defendo que um casal fique junto apenas porque têm um filho em comum. Cada um tem o direito de querer ser feliz, mas mesmo se separando continua a existir sempre algo em comum: um FILHO.

E esse deve ter o direito de privar com o pai e com a mãe. Com a família paterna e com a materna. Afinal é apenas uma criança inocente que veio parar nas teias de uma relação falhada.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sobre as preocupações de todos nós...


(Temos a mania que temos o mundo nas nossas mãos.
Erro comum. Está na hora de o acarinhar, respeitar e valorizar.
Daqui a pouco será tarde demais)

Andamos todos preocupados e absorvidos com a crise económica política, e temos esse direito claro. Não é nada agradável ver o país e as pessoas a afundarem cada vez mais fundo e com perspectivas cada vez mais negras ao fundo do túnel. Ninguém gosta de ver o seu poder de compra diminuído, de ter que pagar impostos, taxas e mais impostos, de ver o seu emprego ameaçado, de ter que contar os tostões para dar a volta ao mês... e de imaginar que o futuro dos filhos não será nada risonho.

Às vezes mais valia fazer como as avestruzes... enfiar a cabeça na areia. Simplesmente não pensar... mas é inevitável.

Se à actual crise económica política, juntarmos a perspectiva de uma grande crise alimentar e a crise ambiental, que nos resta para manter as nossas esperanças ao alto???

Eis a questão... preocupa-me, faço tudo o que está ao meu alcance para contribuir para um mundo sustentável, mas sou apenas um grão de areia neste imenso planeta.

(este devaneio veio a propósito de um documentário que vi chamado
"O Futuro dos alimentos" transmitido na RTP 2,
no passado dia 6/10/2012)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Elogios


Chegar de umas mini-férias e ouvir logo um belo elogio,
sabe muito bem!
 Embora não encha a carteira, enche o "ego"!

sábado, 6 de outubro de 2012

Sobre os luxos


Apertar o cinto e austeridade são as palavras de ordem nos dias que correm.

Tenho dito com alguma frequência que lá em casa somos bastante regrados: não há lugar para extravagâncias ou grandes luxos. E não vejo onde mais cortar para reduzir a despesa mensal.

Mas hoje lembrei-me que sim, lá por casa há um luxo, o qual enquanto puder vou manter, a bem da minha sanidade mental e do equilíbrio familiar! Uma vez por semana (4 horas e meia) tenho a minha fada do lar!

O preço da beleza?


Há uns dias atrás fui ao cabeleireiro dar uns retoques no meu cabelo... de tanto sol apanhar já estava mais parecido com palha de que as ervas secas!

Queixei-me da queda de cabelo e como sempre ouvi as sugestões sobre os miraculosos produtos capazes de solucionar tudo e mais alguma coisa. Trouxe umas amostras para casa, que já usei... mas não deram para tirar grandes conclusões.

Os produtos que me foram apresentados são da marca Davines e os preços fizeram-me cair quase para o lado. Entre Champoo, amaciador e serum gastaria cerca de 60 €!!! A questão: valerá a pena paira no ar... a apresentação não me convenceu, as lindas brochuras também não. E fico sempre a questionar-me: Será que as queridas cabeleireiras testam os produtos que recomendam???

Acho que vou continuar a usar os produtos do costume. Até porque acredito que um cabelo bonito não se obtém usando produtos extremamente caros. Ter cabelos bonitos e não ter queda de cabelo cá para mim deve partir do interior. Explico-me: alimentação equilíbrada, muito descanso e pouco stress! E isso depende de mim e não só!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Chegou mesmo a tempo...

o segundo volume das Sombras de Grey! Amanhã inicio umas mini férias e já tenho leitura para as preencher. Mas antes de mergulhar neste volume ainda tenho para ler as últimas 300 páginas do livro Diz-me quem sou! Já só falta um bocadinho (note-se que o livro tem ao todo 1080 páginas)!

Boas leituras!

(obrigada Amor pela prendinha fora de data!
Todas as ocasiões são boas para sermos prendadas.)

Depois da tempestade a bonança...


Imagem de Alicia Padrón

Já nem sabia o que isso era: dormir 8 horas sem interrupções! Mas esta foi a noite e que bem me soube. Podem vir mais que eu agradeço.

Ontem até pensei que Dom Pimpolho ia adoecer, na noite anterior vomitou e sentiu-se indisposto, de manhã andou mais "cola" do que é costume... mas o dia passou e ele andou sempre bem disposto! Foi dormir à hora do costume e só acordou às 8 da manhã!!! IUPIIIIII....