terça-feira, 19 de junho de 2018

Um minuto de silêncio

Na semana passada fui com os meus dois rapazinhos ver uma peça de teatro criada e interpretada pelos meninos do 4º ano no âmbito de um projecto de empreendedorismo.

O tema em destaque foram os incêndios de Outubro de 2017 e a dada altura foi pedido um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.

Um silêncio sepulcral na sala de espectáculos... até que uma voz se eleva e grita: "Eu estou aqui..."

Glupp...era o meu mais novo... a dar o ar da sua graça! 

(E eu a olhar em redor para ver se havia forma de me esconder perante tal vexame. Para quem não sabe este "diabrete" gosta de provocar e sempre que se pede para fazer pouco barulho ou silêncio ele faz exactamente o oposto!)

sexta-feira, 15 de junho de 2018

"não queriam olhar e, no entanto, não podiam deixar de o fazer, silenciosos"

Eis a cena que me fez fechar os olhos na tentativa de a não ver:

"Qualquer um podia ver como o terror inundava os olhos do rapaz.
Então,  o oficial introduziu a ponta da lâmina naquela boca que teimava em permanecer fechada. Ao mesmo tempo que procurava não ferir Koller, que puxava com força para abrir a mandíbula, tentou cortar a língua, pondo-se na ponta dos pés, basculando o seu próprio peso sobre o joelho no estômago do pequeno, como um barbeiro a arrancar um molar. Mas não podia. Quase sem fôlego, o rapaz não deixava de se mexer, e escapava por instantes da prisão dos soldados. O sangue começou a esguichar abundantemente. Os seus uivos de dor encheram o bosque.
- Merda, segurai-o. Com mais força! - gritou o oficial.
- Estamos a tentar, senhor - disse Bawer -, mas o cabrãozinho não para quieto.
- Pois tanto pior para ele.
Levantou o punhal e deixou-o cair sobre o rosto assustado. Passou rente à mão de Koller, que se afastou mesmo a tempo. Um olhar de surpresa assomou aos olhos do soldado. Agravou-se com o terrível grito do rapaz, inumano. Já não tinha capacidade para emitir palavras, apenas sons abafados pelo gorgolejar do sangue que lhe entrava pela garganta e que, se não o socorressem, em breve inundaria os pulmões. O golpe, horrível, havia cortado rente os lábios do menino e ferido a língua e as gengivas. Algum dente caído revelava o branco por entre a erva e a lama. Ainda preso a um pedaço de carne viva, palpitava no solo como uma serpente decapitada. Os soldados não conseguiam afastar a vista do espetáculo sanguinário que se lhes apresentava. Não queriam olhar e, no entanto, não podia deixar de o fazer, silenciosos."

Excerto de A oficina dos livros proibidos de Eduardo Roca

Devia ter ficado de molho...

Ontem à noite o jantar foi dourada assada no forno! Até aí tudo bem, o que eu dispensava mesmo era o cheiro! Cheiro de peixe que se impregna no ar. Exaustor ligado, a noite toda com as janelas da casa abertas... e o cheiro a peixe continua lá.

E cá também. Parece que se arrastou atrás de mim. Deveria ter ficado de molho... em vez de tomar banho de chuveiro, deveria ter tomado banho de imersão e ficar lá dentro até estar bem enregelada!

Ou então o cheiro está na minha mente... impregnado.

Já disse que não gosto do cheiro a peixe ou já entenderam?

quinta-feira, 14 de junho de 2018

What is love?

Porque na vida nem tudo é cor-de-rosa! 
Hoje apeteceu-me ouvir esta música.

terça-feira, 12 de junho de 2018

A pensar nas férias... Bagagem!

Cada passageiro pode levar uma mala grande de mão com peso de até 10 kg e com dimensões máximas de 55 cm x 40 cm x 20 cm, mais um saco pequeno de até 35 x 20 x 20 cm.

Estou a dar voltas e voltas à cabeça para saber como enfiar roupas e acessórios para 11 dias em malas com estas dimensões. Está bem é x 4, mas nós também somos quatro.

Antes de viajarmos ainda vou ter que convencer os meus meninos que só podem levar 2 amigos (leia-se peluches pequenos) cada um!

Ah... e antes que me esqueça: a nossa bagagem tem de incluir indumentária para ir a um casamento!

Cheira-me que estou tramada... ou então vou ter de abrir (ainda mais) os cordões da bolsa!

terça-feira, 5 de junho de 2018

I can see clearly now...

Não trabalho num lugar onde habitualmente possa ouvir música, mas de vez em quando enquanto a sala não tem utilizadores aproveito a oportunidade para inundar a alma de ritmo! E que bem que faz. Ao corpo e à alma! E ainda por cima faz-me sentir mais produtiva!
Gosto desta música... gosto de reggae!

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Novo mês, novo livro...

A presença no blog tem sido pouco assídua... até me vão surgindo na mente temas para os posts, mas depois a oportunidade de os escrever não surge e quando finalmente tenho um tempinho já estou tão cansada, que a última coisa que quero é olhar novamente para ecrãs...

Os dias vão passando, uns melhores de que os outros... e os dias solarengos teimam em não aparecer! Até eu que sou adepta de chuva já estou fartinha de dias cinzentos. O mais que tudo continua em casa, doente, e ainda por diagnosticar e eu ando na lufa lufa diária para manter o barco à tona da água! Preciso urgentemente de férias... o que vale é que já as vislumbro ao longe! 

Para desanuviar de toda esta tensão aproveito para jardinar um pouco no jardim e na horta! E claro está não dispenso as minhas leituras.

Terminei de ler o Índice Médio de Felicidade de David Machado e devo dizer que gostei muito! 

A próxima leitura já estava determinada, mas à última da hora mudei de ideias. Fiz anos no dia 26 de Maio e um dos presentes que recebi foi o livro "A oficina dos livros proibidos" de Eduardo Roca e foi a esse que me agarrei... Ainda só li as primeiras 50 páginas e as primeiras impressões são óptimas! A narrativa está tão bem estruturada que as imagens se vão sucedendo sem qualquer esforço, de tal modo que logo no início, perante a brutalidade de uma cena até fechei os olhos, numa tentativa de não "a ver"!