quarta-feira, 29 de junho de 2016

Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam
como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
de imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
entre palavras sem cor,
esperadas inesperadas
como a poesia ou o amor.

 (O nome de quem se ama
letra a letra revelado
no mármore distraído
no papel abandonado)

Palavras que nos transportam
aonde a noite é mais forte,
ao silêncio dos amantes
abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill
in “No Reino da Dinamarca : obra poética 1951-1965”
Lisboa, Guimarães Editores, imp. 1974. p. 50

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Baterias quase descarregadas

Ainda não desisti do blog, no entanto fui obrigada a fazer uma pausa nos posts, pois os dias são demasiado curtos para tantas solicitações, obrigações e outros afins.

O curso está na recta final. Faltam dois exames e a entrega do projecto! Todos os poucos bocadinhos livres são usados para o estudo. Mas sinto que estou a chegar ao limite e só consigo mesmo avançar porque sei que faltam apenas duas semanas para o fim.

Estou cansada e preciso urgentemente de abrandar o ritmo e voltar a ter uma vida normal!

quarta-feira, 1 de junho de 2016