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terça-feira, 10 de março de 2020

O peso da idade ou de 10 anos de noites mal dormidas

Hoje ao acordar sentia-me como se tivesse sido atropelada por um camião. Sentia-me como se na véspera tivesse apanhado uma tremenda bebedeira. O corpo mal obedecia aos comandos da mente, e a cabeça latejava insistentemente. Sentia-me tão mal que sucumbi à fraqueza e tomei um paracetemol para atenuar as dores e o mal estar. E sobretudo para conseguir encarar um novo dia.

Tudo isto porque ontem o meu dia de trabalho terminou já passava da meia-noite. Foram 18 horas sem parar e acho que já não tenho idade para isto.

O mal disto é que vai acontecer uma vez por mês de agora em diante! O bem é que é só mesmo uma vez por mês!!!

quinta-feira, 5 de março de 2020

Nothing to declare

Em dias de pouca inspiração para a escrita, não por falta de tema, mas talvez por excesso de ideias e confusão na cabeça, cada vez que vejo o meu blog, só me ocorre escrever:
"Nothing to declare"

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Dispo-me...



Navego por entre as carregadas sombras do pensamento
Em busca de luz que rasgue a bruma que me cobre
Desalentada enfrento os longos dias
Ansiando apenas pelo cair da noite
A escuridão esconde meu olhar ferido
Envolve as dores lancinantes do meu coração.
Renovo-me sob o brilho do luar
Dispo-me devagar e com pressa deixo-me levar
Nada mais querendo de que no dia seguinte acordar
Lavada e inebriada pela possibilidade do recomeço.

M.V., 05.02.2020

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Leituras em dia

Leu-se bem, mas não é bem o género de livro que me cativa. Um romance que se passa entre o ambiente rural da França e Paris, a cidade de luz e vida. Entre a Europa e a América, em que se acompanha o percurso de Leonie, de raízes humildes, mas que rapidamente atinge o estrelato, e da sua família.
Crime, investigação, mistério... um thriller cativante que me prendeu do princípio ao fim. Recomendo a quem gosta do género.
Há uns meses atrás li "Chamavam-lhe Grace" de Margaret Atwood e fiquei encantada com a história e a qualidade da escrita. Na minha lista de desejos natalícios coloquei "A história de uma serva"... recebi-o e já o li, mas ficou aquém daquilo que esperava. É interessante, bem escrito, com belas descrições mas pareceu-me que faltava alguma coisa... ou então não era o momento certo para eu o ler!

Boas leituras!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Bom ano novo!

Já 10 dias se passaram deste novo ano! Este ano não me dediquei a grandes reflexões ou estabelecer objectivos. Simplesmente desejo paz e harmonia. De resto os dias vão se seguindo, uns melhores de que outros. Uns agitados, outros tranquilos. 

Desafios, desafios? O que verdadeiramente me importa é chegar ao fim do dia e estar bem com as pessoas que amo!

Bom ano para todos!

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Privação de sono é tortura

Há quanto tempo desejo poder dormir uma noite inteira sem interrupções? Há tanto tempo que já parece uma miragem.

Esta semana não tem sido fácil, correrias o dia inteiro, actividades aqui e ali, testes de avaliação ao virar da esquina, reuniões e noites tremendamente mal dormidas.

Hoje foi a gota de água... depois das 4 da manhã não preguei mais olho... comecei por calmamente explicar ao pequeno que tinha de dormir, que tinha de ficar na cama dele, que não precisa de pedir autorização cada vez que quer fazer xi-xi... que tinha de dormir... até que descambei! Passei a ameaçar isto e aquilo e claro está de seguida fui assolada por um tremendo sentimento de culpa... porque não deveria descontrolar-me.

Mas é isto e não dá para voltar atrás! A privação de sono é tramada e faz nos vestir vestes que não sentimos como nossas...

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Outono...

Sinto que pela primeira vez na vida estou tal e qual a estação do ano. Sinto-me outonal, murcha, desalentada e sem energia!

Claro que não é o Outono que disto tudo tem culpa, é a vida que nos vai mostrando que nem tudo são mares de rosas e cenários idílicos. Não se preocupem no fundo está tudo bem comigo... mas há coisas que me apoquentam e me frustram. E se quando era mais nova conseguia facilmente ultrapassar-las, agora parecem tão definitivas que por mais que queira só consigo ver a parte "cinzenta".

Sabem o que é dar tudo o que se tem durante duas décadas a determinada causa? Não ver reconhecimento, não ver validação e ver toda a gente a ultrapassar-nos? Só porque sim, só porque são amigos, familiares, da mesma cor e sabem dar graxa? ... 

E no meio disso tudo sempre fazer mais, e mais!

Apetece-me mandar tudo pelos ares... seguir um novo rumo, reformar-me...

Mas do outro lado da barricada as coisas não se afiguram mais risonhas. Só me resta continuar a pedalar e esperar que esta nuvem negra deixe de pairar sobre mim.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Tão verdade, tão eu!

E por isso gosto das sextas-feiras, 
porque a elas se sucede o fim de semana, 
altura em que posso por algum tempo viver esta realidade!

Bom fim de semana!

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

A minha tragédia, a tua tragédia, a nossa tragédia


Será frieza? Coração duro? Distúrbio emocional?

Às vezes questiono-me sobre o que me preocupa e me afecta a mim, e o que preocupa e afecta os outros. A diferença de impacto que os acontecimentos têm sobre cada um de nós.

Esta semana aqui nas redondezas um acidente de carro vitimou um jovem. É triste? Claro que é. Uma vida jovem perdeu-se, uma família inteira quebrou-se. Não choro por esta vítima. Nem devo julgar outros que o fazem. Mas faz-me confusão como é que uma pessoa que não conhecia o jovem se deixa afectar não dormindo uma noite inteira e passando um dia inteiro desnorteada no trabalho sem fazer nada.

Quando foi o incêndio na Catedral de Notre Dame em Paris também toda a gente estava em choque… tamanha tragédia para a história da humanidade. Notícias sobre o acontecimento 24 horas por dia, doações milionárias para a reconstrução. E eu? Triste, claro, mas seguindo em frente.

Mas há coisas que me tocam, tocam profundamente. Revoltam, angustiam, preocupam.
  • Os milhares de crianças que passam fome;
  • Os milhares de crianças e pessoas que vivem em cenários de guerra;
  • Os milhares de migrantes que fogem em desespero à procura de uma vida sem perigos, enfrentando o desconhecido e esbarrando em portas fechadas;
  • As alterações climáticas e as catástrofes naturais consequentes;
  • A poluição de cada canto e recanto do mundo;
  • A Amazónia, pulmão do mundo a arder…

E poderia continuar a enumerar.

Disse ali em cima que não deveria julgar. Mas questiono-me porque é que é que não ouço ninguém a falar ou não vejo ninguém a preocupar-se com questões gigantescas que podem ter impacto em todos nós e perante “pequenas coisas” agem como se da maior tragédia se tratasse.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Paleta de cores

Escolhe, escolhe devagar
da tua paleta de cores
a cor que vais usar.

Pinta em todos os tons
o caminho que vais trilhar.

Deixa as cores do arco-íris
a tua vida inundar.

Vive, vive intensamente
e devagar.

Mv, 13.08.2019

terça-feira, 30 de julho de 2019

Mais um que adorei ler: Uma gaiola de ouro

Entre muitos afazeres, trabalho, casa, filhos de férias e obras ainda vou conseguindo aproveitar para ler qualquer coisinha.
Acabei recentemente a leitura de "Uma gaiola de ouro" de Camilla Lackberg. Quando peguei no livro pensei que seria um thriller policial ao jeito nórdico. Não era. A história basicamente retrata a queda/ ascensão/ queda de uma mulher e do "poder" que as mulheres têm para singrar e vencer na vida, e de como conseguem usar esse mesmo poder para se "vingar" de quem as tenta/ tentou anular. 
Muito bem escrito, com bastante suspense, algum dramatismo e bom ritmo, é um livro que prende do princípio ao fim.

Agora ando a ler "As janelas do céu" de Gonzalo Giner... mas ainda só li as primeiras 40 páginas... calculo que para chegar à página 668 ainda vá precisar de algumas semanitas!

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Locais e recantos

Fiquei toda contente quando descobri que um dos meus restaurante de eleição iria reabrir! Esteve fechado durante diversos anos, mas as memórias dos jantares no Verão numa verdejante esplanada à beira rio nunca me abandonaram. Ontem foi dia de ir conhecer o novo look e a nova ementa. E apesar dos preços serem um bocado puxados para a minha bolsa saí de lá regalada e relaxada. 

Um jantar com vistas para a natureza, dificilmente é superado por qualquer outro jantar. Venham mais!

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Mas que beleza...

O meu horário alterna de semana para semana. Numa entro às 9.00 e saio às 17.00 e, na seguinte entro às 10.30 e saio às 18.30. Ora estou na semana de entrar mais tarde. O dia como sempre começa por volta das 7 e as rotinas matinais são sempre as mesmas. Lavar, vestir, alimentar e preparar os miúdos e levá-los à escola antes das 9.00.

Feito isso regresso a casa e, em vez de aproveitar a hora e meia de tranquilidade para me sentar confortavelmente a degustar um café na companhia de um bom livro, dedico-me às mil e uma tarefas domésticas e se sobra tempo ainda o aproveito para a jardinagem. Resumidamente passo hora e meia a correr para fazer o máximo de coisas possíveis. 

Esta manhã andei na horta e o resultado foram umas mãos e unhas bem encardidas. Com apenas 10 minutos para sair de casa lavei, esfreguei, retirei lixo debaixo das unhas... e, como o resultado não foi o desejado, rapidamente cortei as unhas.

Acabo de olhar para as mãos e reparo: cortei as unhas de uma só mão! Mas que beleza...

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Leituras em dia

O blog tem estado meio paradinho, mas as leituras vão indo, ainda que tivesse vontade de poder ler muito mais.
Terminei já lá vai quase um mês o livro "Chamavam-lhe Grace" de Margaret Atwood e adorei. A história, a envolvência, a escrita e a forma como no final cabe ao leitor decidir sobre a inocência ou não da protagonista. Recomendo vivamente.
De seguida li o romance "O pacto" de Michelle Richmond, um perturbador thriller psicológico que me deixou presa e em suspense até à última página. Sempre a questionar-me porque é que Alice e Jake, as personagens centrais da obra não se livravam daquelas "amarras". Muito bom mesmo.
Agora ando a reler o livro "Mentiras no divã" de Irvin D. Yalom, li o livro em 2008 e adorei, mas já não me lembro dos detalhes da história, pelo que resolvi mergulhar nela novamente.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Contente por ter exercido o meu direito/dever


Este fim de semana fui para fora... mas fiz questão de antecipar o regresso um dia para poder ir exercer o meu direito de voto.

E cumpri.

E hoje ao ver os resultados dos escrutínios sinto-me feliz por não pertencer aos 70% que não o fizeram. 

Se estou contente com o sistema político que temos? Se estou satisfeita com as alternativas propostas? Não, não estou. Mas e como li por aí mostrar essa indignação no boletim de voto, é certamente mais eficaz de que simplesmente abdicar deste direito.

terça-feira, 21 de maio de 2019

Desafiante e muito desgastante...

O meu filho mais novo tem 4 anos, e sem muitas hesitações digo que estes estão a ser os anos mais desafiantes da minha vida. A coisa agravou-se com a entrada dele para o Jardim de Infância e por muito que toda a gente que me rodeia diga constantemente "é uma fase", custa-me a acreditar. Pois a fase já dura há muito tempo.

O rapaz tem uma personalidade extremamente vincada e basicamente só faz o que ele quer. Eu e o pai já conversamos muito sobre o assunto, já mudamos estratégias, já falamos com ele, já castigamos, mas nada parece surtir grandes efeitos. 

Lembro-me que no ano passado por esta altura eu andava preocupada com a professora que lhe iria calhar. Tinha receio que ficasse na sala em que acabou por ficar por a professora ser muito rígida. Mas nem ela consegue fazer com que ele colabore e frequentemente falamos sobre que estratégias utilizar para o orientar no sentido de cumprir com as tarefas que lhe são sugeridas. Ela também já reprimiu, já castigou e já se apercebeu do olhar de gozo que ele usa em todas estas circunstâncias.

Hoje mais uma vez a professora voltou-me a abordar. Conversamos e ficamos as duas a olhar de forma impotente uma para a outra, decidindo que vamos "esperar" que depois das férias do verão as atitudes do rapazinho melhorem... quem me dera. 

É que lidar com este miúdo é desafiante, mas também muito desgastante!

sexta-feira, 10 de maio de 2019

terça-feira, 9 de abril de 2019

Viver e sentir o momento.

Não sou daquelas pessoas que vive agarrada ao telemóvel, máquina de fotografar ou máquina de filmar. Não é que não goste de registar alguns momentos em fotografia, mas também não gosto do exagero. Ou seja fotografar tudo e mais alguma coisa e ainda por cima para logo de seguida ir postar numa qualquer rede social.

Gosto de viver o momento.
Gosto de ver o momento.
Gosto de estar presente.

Atrás de uma qualquer câmara parece que fico alheada. Parece que não estou ali por inteiro. Por isso prefiro guardar as vivências na minha memória e largar as máquinas para viver e sentir o momento.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Sobre ontem...


Estive de serviço até à meia-noite na feira do livro. Houve um evento sobre Sophia de Mello Breyner Andresen, na evocação do seu centenário de nascimento. Interessantes conversas, interessantes leituras.
Também me coube, em jeito de surpresa, a leitura de um poema em voz alta.
Aqui fica...


Pátria

Por um país de pedra e vento duro
Por um país de luz perfeita e clara
Pelo negro da terra e pelo branco do muro

Pelos rostos de silêncio e de paciência
Que a miséria longamente desenhou
Rente aos ossos com toda a exactidão
Dum longo relatório irrecusável

E pelos rostos iguais ao sol e ao vento

E pela limpidez das tão amadas
Palavras sempre ditas com paixão
Pela cor e pelo peso das palavras
Pelo concreto silêncio limpo das palavras
Donde se erguem as coisas nomeadas
Pela nudez das palavras deslumbradas

- Pedra rio vento casa
Pranto dia canto alento
Espaço raiz e água
Ó minha pátria e meu centro

Me dói a lua me soluça o mar
E o exílio se inscreve em pleno tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'Livro Sexto'