Mostrar mensagens com a etiqueta sentimentos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta sentimentos. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Palavras que tocam: casa, lar, filhos

"(...) - Dentro de quase todos nós existe um poderoso amor à casa e ao lar, bem como aos filhos - disse o Dr. Christian, suavizando a voz -, e os três andam juntos. O lar é a fonte de calor e o foco da família, a casa é o abrigo e o protector da família, e os filhos são a razão natural da existência da família. O homem é uma criatura essencialmente conservadora, e detesta ver-se desenraizado, a menos que o lugar em que vive se revele inóspito, ou algum sítio novo se torne igualmente atraente. (...)"

Colleen McCullough in O terceiro milénio

segunda-feira, 27 de março de 2017

Adeus avó...

Acordo de manhã cedo, como todos os dias.

Seguem se as rotinas. Lavar e vestir as crianças. Dar-lhes o pequeno-almoço, enquanto beberico o meu café.

Resolvo espreitar o Facebook e o “baque” vem logo que vejo o primeiro post. Uma fotografia da minha avó. Não precisei de ler... aquela imagem trouxe-me a triste e desoladora notícia da sua partida.

Lágrimas rolam pelo meu rosto. O meu filho mais velho questiona-me: porquê? Eu respondo: a avozinha foi para as estrelas e saber que nunca mais a verei ou poderei falar com ela deixa-me triste.
Muito triste.

Tão bem me lembro da última vez que a vi. Há 3 longos anos atrás. Demasiado tempo. E agora não mais a verei.

Apesar da distância física que nos separou ao longo da vida, em cada reencontro ultrapassava-se como se esta nunca tivesse existido. Ela era minha avó, a minha última avó. E eu a neta. O sentimento que nos unia era mais forte do que a distância que nos separava.

Mas a distância entre a vida e a morte é intransponível. Restam agora as saudades e as memórias. E a dor da sua partida.

E também as últimas palavras que me disse há 3 longos anos atrás. “Não demores outros tantos a voltar.

Mas não voltei. O carrossel da vida anda tão veloz, que não tive tempo e oportunidade de voltar.

Adeus avó! Até um dia!
Olharei para as estrelas e saberei que estás a olhar por nós.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Novembro atribulado

Outubro não terminou bem e Novembro não começou melhor.

O meu companheiro foi operado de emergência e felizmente tudo correu bem. Duas semanas depois está elegante como um modelo e pronto para a passerelle. :)

Ainda mal me tinha refeito deste incidente quando um pior se fez anunciar. Um casamento de 42 anos a ruir... um casamento que sempre conheci! Um turbilhão de emoções assolam-me dia e noite. Sinto-me esgotada psicologicamente, parece que carrego o mundo nos ombros e não sei como retirar este peso de cima de mim. Por enquanto está tudo num limbo... e só o tempo ditará o desenlace da situação. Mas, nestas situações gosto de me manter realista e estou convicta que nada mais será como era. 

Entretanto a vida continua a pular e a avançar a um ritmo alucinante. O Natal está à porta e já tenho o meu filho a implorar para montar a árvore e enfeitar a casa..., o trabalho é mais que muito e neste momento é um escape para mim. Os dias são sempre demasiado curtos para tanta solicitação e quando à noite finalmente chego à cama há sempre a sensação de que algo ficou por fazer.

Melhores tempos virão... pelo menos é esse o meu desejo!

terça-feira, 18 de junho de 2013

Vivo


Desenho meu coração na areia,
sopro palavras ao vento,
verto lágrimas na escuridão,
visto um manto colorido
e
bailo sob um céu pintado de estrelas,
esboço um sorriso aberto
e
um brilho cintila nos meus olhos.

Vivo com vontade de viver.
Um dia de cada vez,
um momento, uma hora
uma eternidade.

Vivo alegremente
captando ou tentado captar
a beleza desta vida e deste lugar!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Assim, assim...

Hoje e apesar de estar em véspera de mini-férias, andei todo o dia assim-assim, nem bem, nem mal, mas com uma certa inquietação não sei bem vinda de onde... ou pelo menos não sabia. Talvez uma partida da mente. Só agora me lembrei do que o meu pai me contou esta manhã...

A saúde da minha avó não anda bem e é triste saber que a própria já diz que "mais valia morrer"!

E a 2000 km de distância pouco ou nada posso fazer para lhe dar alguma força e ânimo!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Grito mudo


(O grito de Edvard Munch)

Uma torrente de lágrimas aprisionadas
Teimam em não rolar.
A libertação é me negada.

Um grito mudo que só eu escuto
O seu som deveria ser o alerta.

Pensamentos aprisionados
Que logo, logo serão ocultados
Frente a novo pedido de desculpas

Conheço as tuas palavras de antemão
E de antemão conheço a minha reacção.

O tempo vai passando
Dias de sol ofuscados por dias cinzentos
Cada vez mais difíceis de esquecer.

É cíclico, e sempre igual.
No entanto o caminho continuo a calcorrear
Cobrindo vez após vez…
Com um ténue sorriso
A dor, o desânimo e o desalento 
Forçando-me a acreditar
Que esta...
será a última vez…
 
MV, 15.04.2012

terça-feira, 26 de março de 2013

Melancolia

A chuva que não deixa de cair, o ritmo alucinante do dia-a-dia e uma manhã iniciada com stress matinal com a cara metade deixam-me melancólica, sem inspiração e sem vontade de me concentrar naquilo que é importante.
Invés da dança da chuva, vou estudar uma coreografia para fazer a dança do sol! Quem quer participar?
 
Derramado
 
Raro e vazio dia.
Calmo e velho dia.
Os membros lassos debruados deste cansaço sem porquê.

Raro e vazio dia,
assim inteiro e implacável
na solidão grave e trágica do meu quarto nu.

Perdido, perdido, este vagabundear dos meus olhos
sobre os livros fechados e decorados,
sobre as árvores roídas,
sobre as coisas quietas, quietas...

Raro e vazio dia
na minha boca pálida e pouca,
sem uma praga para quebrar a magia do ópio!

Fernando Namora, in 'Mar de Sargaços'

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Crianças difíceis

Ainda ando às voltas com o livro "A vida não se aprende nos livros" de Eduardo Sá. Um livro com textos curtos, em tom informal em que o autor parece entabular uma conversa com o leitor, conduzindo-o, sem dúvida, à reflexão sobre temas pertinentes relacionados com a maternidade/ paternidade, o amor e os sentimentos.

Hoje não resisto em registar aqui no blog mais um excerto interessante deste homem que "escreve como fala" e "tem o condão de ser capaz de nos guiar pelo labirinto das emoções sem pressas."

Temos por hábito rotular os nossos filhos. Por mais que nos digam que é incorrecto, que pode causar um impacto negativo, às vezes torna-se mais forte do que nós (ou do que a nossa razão) e lá se nos escapa: és um malandro!; És teimoso!; O meu filho é difícil!.

O meu filho, costumo eu dizer, tem uma personalidade muito vincada e forte e sabe perfeitamente o que quer... e às vezes isso gera situações mais complicadas, porque enquanto mãe tenho que o saber conduzir e fazer entender que há coisas correctas, e coisas incorrectas. Coisas para as quais ainda é demasiado pequeno, coisas sobre as quais ele ainda não pode decidir, situações em que ele não pode mandar, entre outras. Para quem está do lado de "fora", muitas vezes veêm no meu filho, uma criança difícil. Mas não serão todas as crianças dificeis? Não seremos nós adultos difíceis?

"Há adultos que teimam em achar que algumas dificuldades que as crianças trazem à sua preguiça de as pensar as transforma em crianças difíceis.
As crianças difíceis não se sujam, obrigatoriamente, quando comem gelado, não são mal educadas sempre que tomam a palavra na escola, e os seus quartos não são, invariavelmente, «pequenas selvas» onde se tropeça em roupa, livros, e em pacotes de bolachas.
As crianças difíceis - falando demais ou ficando barricadas em silêncio, sendo arrumadas ou varrendo, ciclonicamente, a secretária e os papéis dos pais - são todas aquelas acerca de quem os mais crescidos se recusam a pensar, com a desculpa de que não trazem, numa última página, só para os mais crescidos, todas as soluções.
As crianças difíceis são todas aquelas acerca das quais os pais reconhecem que lhes dão problemas, como se, na vida, difícil de todo não fosse crescer sem os criar e sem ter quem os ajude a resolver.
As crianças difíceis são todas aquelas que, por serem demasiado iguais a alguns dos pais, os fazem recusar ver nelas o que tentam esconder de si próprios.
As crianças difíceis são, também, aquelas que parecem «adultos de calções» junto de quem os pais, de tanto se anularem, se tornam crianças de gravata. Porque - não se esqueça - atrás de uma criança difícil está um adulto em dificuldades e que, ao defini-la assim, acaba por dizer que há dificuldades que se tivessem uma solução... já a teria visto."

Eduardo Sá

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Claro que nem tudo tem conserto...

Claro que nem tudo tem conserto...
mas podemos tentar em vez de simplesmente descartar!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Oito segredos para ser feliz!


Não existem fórmulas mágicas, nem soluções precisas. Ser feliz requer empenho, descoberta e conhecimento de nós próprios…

1) Apreciar a solidão

“A maioria das pessoas, ao ver aproximar-se a morte, arrepende-se mais do que não fez do que dos seus actos. É habitual lamentarem não ter dedicado mais tempos aos interesses que exigem isolamento, e terem-se deixado arrastar para actividades em grupo pela pressão social. (…) Vivemos num mundo que fomenta a extroversão. (…) Não se costuma valorizar o estar sozinho até se alcançar uma certa idade."

2) Cultivar e preservar a amizade

“contar com uma rede social sólida é tão importante como levar uma vida sem excessos, comer bem ou praticar desporto.”

3) Boas intenções

“Para colocar em prática planos em prol dos outros, o impulso altruísta tem de ser acompanhado de uma boa análise da realidade: saber se são exequíveis e se poderemos levá-los a cabo. Caso contrário é melhor desistir.”

4) Saber perder tempo

“É essencial dispor de espaços e tempo para desligar. (…) Espairecer de vez em quando não significa falta de motivação. O segredo reside em saber conciliar três factores: não ter expectativas materiais excessivas, não cobiçar e não se comprometer a cumprir tarefas que depois, não se pode realizar. Saber parar ajuda-nos a ser mais eficazes, mesmo profissionalmente."

5) Procurar afinidades

“Por vezes, quando se trata de escolher, deixamo-nos levar pela oportunidade, em vez de procurarmos pessoas com quem sejamos realmente compatíveis. (…) Quando os casais deixam de olhar um para o outro e começam a olhar para a vida juntos, por vezes descobrem, já tarde, que não possuem nada em comum. O afecto não chega…”

6) Saber dosear

“Tudo pode ser remédio ou veneno, consoante a dose. (…) É essencial saber dosear o autodomínio, a confiança nos outros ou as tendências para a dependência.”

7) Mente são em corpo são

“Os hábitos condicionam-nos muito mais do que pensamos. Metade das nossas acções e decisões é inconsciente. Tais automatismos são, por vezes, prejudiciais e quase todos querem mudá-los, mas não é fácil, pois estão gravados no cérebro.”

8) Aceitar os outros

“Por sermos tão exigentes, ninguém satisfaz as nossas expectativas e acabamos por perder pessoas que, com um pouco mais de abertura ficariam ao nosso lado e contribuiriam para a nossa felicidade. (…) É preferível aceitar o que não gostamos no outro do que tentar modificá-lo.”

Excertos do artigo Como ser feliz publicado na revista Super Interessante nº 177 (Janeiro 2013)

Depois do Natal... a nostalgia


É assim que me sinto depois de grandes festas... um tanto ou quanto perdida. Esperámos meses a fio pelo Natal, fazemos preparativos dias a fio e depois num âpice tudo terminou. E eu... eu fico nostálgica!

Bom dia a todos!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Casa cheia


Este fim-de-semana tive a casa cheia. Passei de uma, para 4 crianças!
Felizmente e embora não estivesse a contar com este cenário, tudo correu bem. Devo referir que 2 das crianças já têm 11 anos, ou seja, já são pré-adolescentes e já vão dando uma ajudinha nas tarefas domésticas, embora às vezes seja necessário dar-lhes um pouquinho de "corda".

Para além do meu filhote, veio também para passar o fim-de-semana a minha enteada e no Sábado de manhã fomos buscar de emergência as minhas sobrinhas... Infelizmente o avó paterno morreu (após algum tempo de internamento e de sofrimento) e a minha irmã e cunhado tinham muitos assuntos a resolver...

O velório e o funeral decorreram no Domingo. As meninas tinham sido avisadas do que havia acontecido, mas mal falaram sobre o sucedido. Eu fiquei sem saber se deveria ou não abordar o assunto... com 9 e 11 anos já têm consciência que a morte é o fim "natural" do ciclo da vida... mas até que ponto a morte as afecta? O que vai dentro daquelas cabecinhas? Fiquei sem saber e resolvi deixar as explicações todas para os pais.

A minha irmã optou por não as levar ao velório e ao funeral... e aqui começou a controvérsia. Eu concordei com ela, acho que ainda são demasiado novas para enfrentar tudo o que um velório e funeral implica, mas o meu pai achou que as netas deveriam ter ido! Já se esqueceu que quando nós éramos pequenas também não nos deixava participar nestas cerimónias...

Eu com 37 anos ainda continuo a lidar muito mal com a morte, já a entendo, já a aceito, mas aflige-me a ideia de que um dia os meus queridos "partam". A minha avó materna faleceu há 10 anos... fui pressionada pela família para ver o corpo no caixão, mas fui incapaz de o fazer. Não me arrependi, pois a imagem que guardo da minha avó é a imagem da vida, e não da morte.

Mas o que será o melhor? Vou pesquisar sobre esta temática para compreender um pouco mais sobre o impacto da morte sobre as crianças e as atitudes que pais e familiares devem tomar para que esta não deixe marcas demasiado traumáticas.

Entretanto para quem quiser fica aqui um link sobre um estudo que me pareceu interessante:

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Últimas frases... (I)

"At her side, feeling her warmth against him, Philip was certain that he would soon feel her love as well. Time, he thought. All we really need is time. Isn't that what Michael said? I'll do anything to keep us all together.
He began to dream of Japan, of drinking green tea, of watching the cherry blossoms, of being with his family. His only regret was that Jonas would not be there save in spirit.
He hugged his daughter to him. And he thought, That is the real difference between us, Lillian. It took me a long time, but I have finally learned what life is all about."

Eric van Lustbader in Zero

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Diálogo ou monólogo?

Depois de uma discussão na minha opinião deve-se conversar e não seguir em frente como se nada tivesse sucedido. Se as coisas não ficam resolvidas no seu devido tempo, elas vão ficar guardadas algures no subconsciente até ao dia em que o copo enche e não há mais como voltar atrás.

Mas conversar implica mais de que uma pessoa, diálogo, feedback... e quando isso não sucede?

Fala-se, fala-se... deita-se tudo cá para fora e depois o SILÊNCIO!