terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A educação dos nossos filhos

Ainda esta manhã estive meia hora em conversa com a educadora do meu filho sobre educação: sobre o relacionamento do meu filho com os outros, sobre a partilha, sobre a autonomia, sobre a liberdade e também sobre o tema que está em voga: a hiperactividade versus falta de educação.
 
No fim da nossa conversa chegamos ambas à conclusão que a teoria quase todos a sabemos, mas que todos nós no dia-a-dia temos dificuldades em educar da melhor forma.
 
Eu, por exemplo, por vezes acabo por fechar os olhos a algumas situações... porque no fim do dia dou por mim a pensar que passei o dia todo a chamar a atenção do pirralho: não faças isto, porque..., não mexas no microndas porque não é um brinquedo, não grites porque incomoda... não, não, não e sempre tentando explicar o porquê desse não...
 
Não me posso queixar muito, porque fazendo um balanço geral o meu miúdo não é muito difícil. Aceita o não, embora se esqueça rapidamente dele, as birras existem, mas ele facilmente as consegue domar e entende tudo o que se lhe diz.
 
Mas mesmo assim reconheço que em certas situações eu deveria ser mais rigorosa e firme... porque sei que as regras são fundamentais para um desenvolvimento e crescimento equilibrado e harmonioso.
 
Hoje ao ler a edição do expresso on-line cruzei-me com um artigo interessante sobre educação. Em entrevista ao jornal Asha Philips, psicoterapeuta infantil e autora do livro "um bom pai diz não" afirma: "Impor barreiras dói, negar algo custa, mas é uma forma de amar. É uma prenda que se dá aos filhos e que lhes assegura uma entrada firme no mundo real". (...) "Os limites devem começar a ser colocados quando ainda andam ao colo. É geralmente nessa altura que dizemos pela primeira vez sim quando devíamos ter dito não"
Sei que não existem fórmulas mágicas, sei que erro quase todos os dias e reconheço que às vezes sou demasiado permissiva. Mas tento tudo para educar o meu filho da melhor forma possível, porque quero que ele cresça com as ferramentas para enfrentar o mundo real. E educar implica que também o adulto esteja disponível a crescer, aprender e evoluir.
 
"Não existem pais ou mães perfeitos, não se espera que acertemos sempre."

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3 comentários:

  1. Nos dias que correm é difícil, estamos pouco tempo com eles, temos pouca paciência, tentamos fazer muitas coisas ao mesmo tempo e como diz a autora, mais do que dizer não o importante é mantê-lo.
    Bjs

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  2. Equilíbrio. Se por um lado vemos pais que não dizem "não", por outro para não ficarmos parecidos com estes, caímos no oposto de dizê-lo muitas vezes. E repressão a mais leva a mais conflitos. Concordo contigo, teu menino parece-me perfeitamente normal, o meu também é assim. Sou mais incisiva quanto a situações de perigo, no resto vai mais da paciência que estou no momento.
    beijinhos

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  3. Isto da educação deve ser dos temas mais problemáticos e dificeis.
    Porque lidamos com seres humanos, porque não há fórmulas.
    Acredito que o 'não' faz parte dela bem como o beijo.

    O dificil é encontrar o equilibrio.
    Para mim nunca conseguido.
    Vai-se tentando e a educação fica feita no meio das tentativas e desejos...

    Um beijinho

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