Hoje mais uma vez vou aproveitar as minhas leituras para fazer um post. A crise está instalada nas nossas vidas, e admito que me sinto muito céptica sobre todas as medidas que têm vindo a ser tomadas. Não consigo acreditar que elas sejam a solução para se sair deste imenso buraco.
Chegamos a um ponto em que acho que só mudando toda a organização da sociedade, redefinindo os objectivos e as prioridades é que conseguimos reequilibrar o barco.
Não me alongo mais sobre estas minhas ideias, por dois motivos: por um lado teria que me alongar demasiado, e por outro lado elas carecem de amadurecimento.
Chegamos a um ponto em que acho que só mudando toda a organização da sociedade, redefinindo os objectivos e as prioridades é que conseguimos reequilibrar o barco.
Não me alongo mais sobre estas minhas ideias, por dois motivos: por um lado teria que me alongar demasiado, e por outro lado elas carecem de amadurecimento.
Embora eu não me sinta preparada para aprofundar esta temática, há quem o faça e sem medos ou pudores escreva o que lhe vai na alma. Dei uma rápida olhada na mais recente edição da revista Biosofia e gostei muito de ler o editorial de José Manuel Anacleto, que vai de encontro às minhas ideias. Vivemos numa sociedade em que o individuo cada vez se assemelha mais a uma máquina: há que produzir, produzir, consumir, consumir! E o resto que faz de nós seres humanos? Onde está? Que tempo nos resta para sermos pessoas?
“A prova de que as pessoas são máquinas e estabeleceram o culto universal das palas da especialização instrumental, é que hoje os jovens não são educados e instruídos para se engrandecerem cultural e vocacionalmente, e sim apenas para se alistarem nas filas de profissões que acumulam dinheiro e interessam e alimentam o monstro voraz que é o regime. Os estudos são formatados em função do “mercado de trabalho” (triste expressão, só por si significativa).
Quem consagra oito, dez, doze e mais horas da sua vida diária a uma profissão (e necessária viagem de ida e regresso), e chega à noite em casa exaurido para então enfrentar os deveres para com a família, não pode ter tempo nem espaço interior para deixar que emerja e germine o verdadeiro potencial próprio, que todos temos. A esmagadora maioria da população mundial está assim condenada à asfixia e inibição de toda esta riqueza, a mais importante e válida de todas.”
“A prova de que as pessoas são máquinas e estabeleceram o culto universal das palas da especialização instrumental, é que hoje os jovens não são educados e instruídos para se engrandecerem cultural e vocacionalmente, e sim apenas para se alistarem nas filas de profissões que acumulam dinheiro e interessam e alimentam o monstro voraz que é o regime. Os estudos são formatados em função do “mercado de trabalho” (triste expressão, só por si significativa).
Quem consagra oito, dez, doze e mais horas da sua vida diária a uma profissão (e necessária viagem de ida e regresso), e chega à noite em casa exaurido para então enfrentar os deveres para com a família, não pode ter tempo nem espaço interior para deixar que emerja e germine o verdadeiro potencial próprio, que todos temos. A esmagadora maioria da população mundial está assim condenada à asfixia e inibição de toda esta riqueza, a mais importante e válida de todas.”
Leiam, o texto (aqui) pois é de facto interessante.
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