quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Top - Número 1

Excelentíssimo filho mais novo anda a descobrir cada vez mais o poder das palavras. Este ano com a entrada no jardim de infância e no ATL começou a conviver com miúdos de várias idades e claro está como uma esponja absorve tudo: o bom e o menos bom.

É frequente chamar-nos de "estúpido" ou "vai te embora da minha vida"! Mas a expressão que entrou directamente para o primeiro lugar do top é "Já não és meu amigo"! À mínima contrariedade lá temos que levar com esta fabulosa frase!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Sobre o Amor

(...) «Mas eu amo-o!» «Não digas disparates e come as tuas batatas fritas, está bem?» «Mas, Sr. Quinn, se o perder, perco tudo!» Eu nem queria acreditar, Sr. Goldman: aquela miúda estava loucamente apaixonado por Harry. E aqueles eram sentimentos que eu próprio desconhecia ou que não me lembrava de alguma vez ter sentido em relação à minha mulher. Foi naquele instante que me apercebi, por causa daquela rapariga de quinze anos, que jamais conhecer o amor. No fundo, as pessoas contentam-se com bons sentimentos, acomodam-se no conforto de uma vida medíocre e passam ao lado de sensações maravilhosas, talvez as únicas que justificam a existência. Um dos meus sobrinhos, que vive em Boston, trabalha na alta finança, ganha uma montanha de dólares por mês, é casado, tem três filhos, uma mulher encantadora e um belo carro. A vida ideal, portanto. Um dia, regressa a casa e diz à mulher que se vai embora, que descobriu o amor com uma universitária de Harvard que tem idade para ser sua filha e que a conheceu numa conferência. Toda a gente disse que ele tinha perdido o juízo, que procurava na rapariga uma segunda juventude, mas eu, eu acredito que ele tenha apenas descoberto o amor. Há pessoas que julgam amar-se e, então, casam-se. E depois, um dia, sem querer, sem se aperceberem, descobrem o amor. E sentem-se fulminadas. Naquele momento, é como se o hidrogénio entrasse em contacto com o ar: uma explosão fenomenal que devasta tudo. (...)

Excerto de A Verdade sobre o caso Harry Quebert de Joel Dicker

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

O trabalho em equipa e eu...

Admito que nunca fui muito boa a trabalhar em equipa e talvez essa seja uma lacuna. Gosto de colaborar com outros, mas não gosto de depender de outros para concretizar uma tarefa, ou um trabalho. 

Penso que isto foi trauma que me ficou dos tempos de estudante e dos inúmeros trabalhos de grupo que era suposto fazer... tardes e tardes passadas na conversa em que um ou dois elementos do grupo trabalhavam de verdade e os outros empurravam o trabalho para esses mesmos, pois "vocês é que são bons nisso". TRAUMA!

Há já algum tempo que tinha para aqui a acumular caixotes cheios de livros para levar para a cave. Farta de adiar resolvi meter mãos à obra e lá fui carregando os caixotes, até que me cruzei com a minha chefe que me questionou porque não tinha pedido ajuda às auxiliares. Respondi: porque não as vi! Claro está, passados 2 minutos apareceram e não tive como não lhes pedir ajuda.

Os caixotes estavam todos alinhados, todos bem identificados... depois do transporte os caixotes estavam rasgados, as identificações tinham desaparecido e em alguns casos os livros tinham sido trocados de caixote.

Compreendem agora porque prefiro fazer estas coisas sozinha? Acabamos por não gastar menos tempo e eu fiquei com o trabalho de reorganizar tudo outra vez.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Filosofia de vida

As ocasiões especiais são todas aquelas que vivemos. Pequenos e grandes momentos. Todos os minutos, horas e dias.

Percepção da realidade

Os nossos filhos têm o dom de nos fazer perguntas para as quais não temos uma resposta preparada na ponta da língua. Então improvisamos ou respondemos de uma forma que mais tarde consideramos inadequada ou insuficiente.

Ontem ao final do dia, o meu filho mais crescido de repente questionou-me:
- Mãe porque é que os dias são sempre iguais?

Eu não estava à espera e não contava que aos 8 anos ele já tivesse uma percepção tão clara da rotina.

Respondi da melhor maneira que soube, mas fiquei a matutar e de certa forma fiquei triste. Como fugir ao que a sociedade nos impõe? Como escapar de todos estes horários? Como rentabilizar melhor as 24 horas que cada dia nos oferece?

Aos 8 anos eu nunca olhei para a vida como sendo rotineira e monótona. Eu vivia livremente e embora andasse na escola o horário era das 8.30 às 13.00... a minha mãe não trabalhava e eu vivia uma vida de aventuras e liberdade.

Adoraria poder proporcionar uma infância parecida aos meus filhos, mas sei que tal não é possível. A escola do mais crescido começa às 9.00 da manhã e termina às 17.30... é ensino obrigatório e eu não posso dar me ao luxo de deixar de trabalhar para estar mais tempo com eles. Resta-me no tempo que sobra dar o melhor de mim e ensinar-lhes a eles a aproveitar o tempo não condicionado por horários e obrigações da forma mais criativa e divertida possível.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Janeiro vai quase a meio...

Eu bem tento publicar com mais regularidade no blog, no entanto há sempre coisas mais urgentes ou pertinentes para fazer e fico-me apenas pelas intenções.

As primeiras duas semanas do novo ano passaram velozmente e tudo continua igual, embora no fim do ano tentemos sempre convencer-nos que é desta que vamos mudar/ modificar alguma coisa. No meu caso tirando um ou outro vício não há muito que queira mudar. E o que gostaria mesmo que mudasse está fora do meu alcance. Sozinha não consigo mover montanhas, mas não obstante vou movendo areias. Pelo menos tenho a consciência de que faço o que é possível para um mundo melhor.

As rotinas do dia-a-dia continuam as mesmas. Trabalho, casa, trabalho... e sempre numa luta desenfreada com o tempo para não deixar nada para trás e sobretudo para dar a atenção merecida e devida aos meus filhos e família.

E é nesse campo que em geral sinto que falho. Sei que faço tudo o que me é possível, mas parece-me sempre pouco... mesmo tendo deixado de lado a obsessão pelas limpezas e organização gostaria de dar uma atenção com mais qualidade aos meus filhos. Brincar com eles, conversar, passear... 

Mas adiante... o dia só tem 24 horas e estas não esticam.

As leituras neste início de ano estagnaram um pouco. E o trabalho parece que se avolumou... pena o ordenado não acompanhar a mesma tendência. Até podia pensar em candidatar-me a outra Biblioteca, mas quando coloco os prós e contras todos numa balança, chego à conclusão que apesar de tudo é a situação atual que mais contribui para a minha qualidade de vida.

Continuo com a ideia firme de que devemos retirar prazer dos pequenos momentos da vida e não viver na expectativa dos grandes acontecimentos.

Este ano quero continuar a viver mais fora de que dentro de casa e privilegiar o contacto com a natureza. A mudança de casa (há pouco mais de um ano atrás) sem dúvida fez-me muito bem. Sair do apartamento para uma moradia foi a melhor coisa que fiz e tem me ajudado muito a sentir-me mais realizada e menos enclausurada.

Para fechar este post, que é por assim dizer o primeiro do ano, desejo apenas que 2019 seja tão bom ou melhor que 2018! 

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

2019

Bom 2019 para todo o mundo.