"Celeste despede-se, entra para o autocarro, aliviada mas não sem pensar que às vezes, para se defender, quase ficava insensível ao sofrimento alheio. Ou seria indiferença? A banalização da violência nos jornais, nas televisões, na internet, injectava no quotidiano doses maciças de sangue, injustiça, mentira, injúria, ganância, como se o mundo não pudesse crescer senão através deles e com eles tivéssemos de conviver sem os pôr em causa. Milhões de corações apáticos, conformados, Celeste também temia pelo seu."
Ana Zanatti in E onde é que está o amor.
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