A navegar por aí cruzei-me com um belo texto de Khalil Gibran extraído do livro "o profeta", que confesso nunca li. Mas depois de ler este texto sinto-me tentada a fazê-lo... a ver vamos quando, porque a minha lista de leituras contínua a crescer de dia para dia... e ultimamente não tenho lido quase nada.
As rotinas do dia-a-dia consomem o meu tempo quase todo, e quando finalmente dou o dia por finalizado entrego-me ao sofá e a um qualquer programa idiota de televisão ou então dedico alguns minutos a ler comics ou a fazer sudoku's. Isto vai ter que mudar, eu sei... vou ter que arranjar tempo e energia para fazer coisas de que realmente gosto. Poderão dizer-me fecha os olhos às tarefas domésticas. Ao que respondo já fechei. Faço apenas o que realmente tem de ser feito.
Mas adiante e vamos lá ao texto que foi o pretexto deste post:
E uma mulher
que trazia uma criança ao colo
disse: - Fala-nos das Crianças.
E ele respondeu:
- Os vossos filhos
não são vossos filhos:
são filhos e filhas
do chamamento da própria Vida.
Vêm por vosso meio
mas não de vós;
e apesar de estarem convosco,
não vos pertencem.
Podeis dar-lhes o vosso amor;
mas não os vossos pensamentos:
porque eIes têm pensamentos próprios.
Podeis acolher os seus corpos;
mas não as suas aImas:
porque as suas aImas
habitam a casa de amanhã
que não podeis visitar,
nem sequer em sonhos.
Podeis esforçar-vos por ser como eles;
mas não tenteis fazê-los como vós.
Porque a vida não vai para trás,
nem se detêm com o ontem.
Sois os arcos, e os vossos filhos
as setas vivas projectadas.
O Arqueiro vê o alvo no caminho do infinito,
e reteza-vos com o seu poder
para que as setas
possam voar depressa para longe.
Que a vossa tensão na mão do Arqueiro
seja de alegria.
Porque assim como Ele gosta
da seta que voa,
também gosta do arco que fica.
Khalil Gibran in “O Profeta”
Li, e fiquei a pensar... é profundo, simples e tão verdadeiro!
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