As picardias fortuitas existem demasiadas vezes quando surgem os divórcios, sobretudo entre casais onde já há filhos. E não existem apenas entre o pai e a mãe. Há 9 anos luto para equilibrar estas situações e para de uma forma mais ou menos subtil fazer ver os intervenientes que para além de não levarem a lado algum, prejudicam acima de tudo as crianças.
9 anos é muito tempo, mas mesmo assim o tempo não conseguiu apagar mágoas, dores, invejas e rancores.
Este fim-de-semana à mesa mais uma picardia surgiu. Eu estava um pouco distraída a dar o almoço ao meu pimpolho, mas de repente fiquei “desperta”.
A avó colocou frente à neta de 12 anos um prato com um dióspiro. Descascadinho e partido aos pedaços e começou: - Só aqui é que tens estes miminhos, não é? A tua outra avó não te prepara assim o pratinho. A tua outra avó não te faz estes petiscos… e tal e tal e tal…
E eu não me contive. Meti-me na conversa: - Isto é algum concurso? De certeza que a outra avó trata tão bem e gosta tanto quanto esta.
E pronto a conversa ficou arrumada! Só não sei se a mensagem chegou ao destinatário. Não sou apologista que os casais se mantenham unidos porque existem filhos. Mas o bom senso deve imperar quando existe uma separação. Já é suficiente mau que as crianças tenham que viver repartidas entre 2 mundos… e cabe a nós adultos proporcionar-lhes equilíbrio, bem-estar e estabilidade… e isso não se alcança com picardias fortuitas.
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