quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Desabafo...

Não, não fui apanhada de surpresa mas “estou passada”, para além de ver o meu ordenado a baixar ano após ano, agora ainda vou ter de trabalhar mais horas exactamente pelo mesmo dinheiro… ou seja embora camuflado cá está mais um corte salarial. E não, não é a parte monetária que mais me irrita, mas sim os falsos pressupostos que estão por detrás desta medida e acima de tudo a redução da minha qualidade de vida no que à esfera privada diz respeito.

Ao ter que trabalhar 8 horas por dia (já o fiz no passado e trabalhei muitas vezes bem mais de que 8 horas, sei também que grande parte das pessoas trabalha este número de horas), vou estar fora de casa cerca de 10 horas (8 a trabalhar, 1 hora para almoçar e 1 hora para as deslocações). Considerando que tenho de dormir entre 7 a 8 horas por noite para me manter funcional, sobram 6 horas, das quais cerca de metade serão gastas em tarefas domésticas e afins e sobram 3 horas para a família!

Preocupa-me esta questão, preocupa-me porque queria ter outra disponibilidade para educar o meu filho, para o acompanhar nos estudos, para brincar com ele, para conversar com ele. E chego-me a questionar como é possível levar a tarefa a bom porto nestas condições?

Estou revoltada!

2 comentários:

  1. Nada é impossível, mas sejamos sinceras, as entidades patronais andam a usar os cortes para fazer o que bem entendem ao menos custo possível... quem leva por tabela são os trabalhadores e não os "grandes".

    Beijo!

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  2. eu passei há 3 anos para as 40 horas mas aumentaram-me o valor correspondente (fiquei com o mesmo valor/hora)! Mas estou farta de tantos cortes, cá em casa foi um roubo, irra!! e o pior é que não tenho esperança que seja assim tão temporário como querem fazer parecer...

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