Não, não fui apanhada de surpresa
mas “estou passada”, para além de ver o meu ordenado a baixar ano após ano,
agora ainda vou ter de trabalhar mais horas exactamente pelo mesmo dinheiro… ou
seja embora camuflado cá está mais um corte salarial. E não, não é a parte
monetária que mais me irrita, mas sim os falsos pressupostos que estão por
detrás desta medida e acima de tudo a redução da minha qualidade de vida no que
à esfera privada diz respeito.
Ao ter que trabalhar 8 horas por
dia (já o fiz no passado e trabalhei muitas vezes bem mais de que 8 horas, sei também que grande parte das pessoas trabalha este número de horas), vou estar fora de casa cerca de 10 horas (8 a trabalhar, 1 hora para
almoçar e 1 hora para as deslocações). Considerando que tenho de dormir entre 7 a 8 horas por noite para me
manter funcional, sobram 6 horas, das quais cerca de metade serão gastas em
tarefas domésticas e afins e sobram 3 horas para a família!
Preocupa-me esta questão,
preocupa-me porque queria ter outra disponibilidade para educar o meu filho,
para o acompanhar nos estudos, para brincar com ele, para conversar com ele. E
chego-me a questionar como é possível levar a tarefa a bom porto nestas
condições?
Estou revoltada!
Nada é impossível, mas sejamos sinceras, as entidades patronais andam a usar os cortes para fazer o que bem entendem ao menos custo possível... quem leva por tabela são os trabalhadores e não os "grandes".
ResponderEliminarBeijo!
eu passei há 3 anos para as 40 horas mas aumentaram-me o valor correspondente (fiquei com o mesmo valor/hora)! Mas estou farta de tantos cortes, cá em casa foi um roubo, irra!! e o pior é que não tenho esperança que seja assim tão temporário como querem fazer parecer...
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