quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Casa cheia


Este fim-de-semana tive a casa cheia. Passei de uma, para 4 crianças!
Felizmente e embora não estivesse a contar com este cenário, tudo correu bem. Devo referir que 2 das crianças já têm 11 anos, ou seja, já são pré-adolescentes e já vão dando uma ajudinha nas tarefas domésticas, embora às vezes seja necessário dar-lhes um pouquinho de "corda".

Para além do meu filhote, veio também para passar o fim-de-semana a minha enteada e no Sábado de manhã fomos buscar de emergência as minhas sobrinhas... Infelizmente o avó paterno morreu (após algum tempo de internamento e de sofrimento) e a minha irmã e cunhado tinham muitos assuntos a resolver...

O velório e o funeral decorreram no Domingo. As meninas tinham sido avisadas do que havia acontecido, mas mal falaram sobre o sucedido. Eu fiquei sem saber se deveria ou não abordar o assunto... com 9 e 11 anos já têm consciência que a morte é o fim "natural" do ciclo da vida... mas até que ponto a morte as afecta? O que vai dentro daquelas cabecinhas? Fiquei sem saber e resolvi deixar as explicações todas para os pais.

A minha irmã optou por não as levar ao velório e ao funeral... e aqui começou a controvérsia. Eu concordei com ela, acho que ainda são demasiado novas para enfrentar tudo o que um velório e funeral implica, mas o meu pai achou que as netas deveriam ter ido! Já se esqueceu que quando nós éramos pequenas também não nos deixava participar nestas cerimónias...

Eu com 37 anos ainda continuo a lidar muito mal com a morte, já a entendo, já a aceito, mas aflige-me a ideia de que um dia os meus queridos "partam". A minha avó materna faleceu há 10 anos... fui pressionada pela família para ver o corpo no caixão, mas fui incapaz de o fazer. Não me arrependi, pois a imagem que guardo da minha avó é a imagem da vida, e não da morte.

Mas o que será o melhor? Vou pesquisar sobre esta temática para compreender um pouco mais sobre o impacto da morte sobre as crianças e as atitudes que pais e familiares devem tomar para que esta não deixe marcas demasiado traumáticas.

Entretanto para quem quiser fica aqui um link sobre um estudo que me pareceu interessante:

3 comentários:

  1. Isso depende de pessoa para pessoa. Porque um dia a criança cresce e vai querer ter participado no funeral, ou não. Tudo depende depois e como não podemos adivinhar e prever o futuro. Na minha opinião, devem ir se as crianças quiserem, puderem e estejam a compreender o que se está a passar.
    O meu pai morreu, e eu estava no hospital a morrer também, com muitos cuidados médicos e não pude ver o meu pai, despedir-me dele. E isso sim causa uma grande trauma, dor.
    A única imagem que tenho dele agora, sem ser as memórias da vida em que ele participou, é quando o trocamos de campa e caixão :(
    Mas sim, lê e informa-te muito sobre isso. Mas pensa sempre que é algo relativo.

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  2. Na nossa sociedade esconde-se a morte às crianças e depois temos adultos com traumas nessa área.
    Penso que devia ser encarada com naturalidade, tal como o nascimento.
    As crianças não devem ser inibidas de ver o choro, a frustação e a dor.
    Faz parte da vida e assim do crescimento delas.
    Se se ocultar vão sofrer mais quando forem adultos.
    É só a minha opinião.

    Beijinho

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  3. Obrigada pelas vossas opiniões... com este post é mesmo o que pretendo porque eu para já não tenho opinião fundamentada.
    Bjinhos.

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