sexta-feira, 31 de maio de 2013

Meditar para equilibrar

Em tempos idos, ainda eu vivia em pleno campo, refugiava-me frequentemente na natureza para me encontrar comigo mesma. Sentada em cima de uma rocha, empoleirada numa árvore, ou à beira do riacho dedicava-me simplesmente a contemplação, tentando abstrair me da rotina diária e do turbilhão de pensamentos que constantemente nos invadem.

Eram momentos de paz e de equilíbrio. Momentos revigorantes e calmantes. Com o passar dos anos fui perdendo este hábito, engolida pelo ritmo frenético e as rotinas do dia-a-dia.

Está na hora de recuperar este hábito. O hábito de meditar! E vou começar ainda hoje!

"O objetivo da meditação é tornar nossa mente calma e pacífica.

Com a mente serena, livramos-nos das inquietações e do desconforto mental e sentimos verdadeira felicidade; mas se nossa mente não estiver em paz, não conseguiremos ser felizes, mesmo que nossas condições externas sejam excelentes.

Se treinarmos em meditação, aos poucos nossa mente vai se acalmar e experienciaremos uma forma de felicidade cada vez mais pura. Por fim, conseguiremos permanecer contentes o tempo todo, até nas mais duras circunstâncias.

Em geral, é difícil controlar a mente. Ela é como um balão ao sabor do vento – vai de um lado para outro, soprada por circunstâncias exteriores. Se as coisas vão bem, a mente fica feliz; se vão mal, reage tornando-se infeliz."

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Altamente viciante

Acabei na semana passada a leitura de Escritos secretos da autoria de Sebastian Barry, e apesar de ser uma história triste, achei-a linda e emocionante. Trata-se da história de uma mulher com cerca de 100 anos internada em hospitais psiquiátricos desde os 30 e poucos. Ela resolveu escrever de acordo com o que memória lhe permite os "seus escritos secretos", esses só serão revelados se após a sua morte alguém encontrar o manuscrito. O psiquiatra que a acompanha vê se a determinada altura obrigado a avaliar o seus pacientes, já que o hospital onde trabalha esta prestes a ser demolido e necessita de determinar qual a melhor solução para cada um dos seus doentes, incluindo Roseanne. E vai anotando as suas reflexões e pensamentos no seu "caderno de banalidades". Até que a história de ambos se cruza...
Este é um livro que sem dúvida recomendo!

E como não consigo passar um dia sem livro na mesinha de cabeceira já iniciei nova leitura: O inverno russo de Daphne Kalotay... ainda só cheguei à página 100... mas posso já dizer que é um romance altamente viciante!

"Quando Nina Revskaya, uma antiga estrela do Ballet Bolshoi, decide vender em leilão a sua famosa colecção de jóias, acredita ter por fim feito correr o pano sobre o seu passado. Em vez disso, a antiga bailarina encontra-se subjugada pelas memórias da sua terra natal e dos acontecimentos, simultaneamente gloriosos e comoventes, que mudaram o rumo da sua vida há meio século."

Quando terminar a leitura prometo que farei um post com a minha opinião final!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Más previsões...


Este fim de semana dediquei-me a organizar o meu guarda fatos... tirar toda a roupa de Inverno e substituir pela roupa de Verão. É sempre uma grande trabalheira, mas se há coisa que eu não gosto é de ver o meu guarda roupa de pernas para o ar... e esse já era o caso! Com este tempo incerto um dia vestimos roupa fresca, no dia a seguir roupa agasalhada... e acaba tudo por ficar numa grande confusão.

O pior, é que segundo as previsões o tempo vai continuar de "mau humor"! De acordo com o canal metereologista francês Meteo o Verão de 2013 será um dos mais frios e húmidos desde 1816!


Más notícias portanto, pois mesmo que quisesse não posso desmarcar as férias de Agosto! E também não há euros para fazer férias num qualquer destino tropical!!!

Mia Couto... um escritor que ainda não descobri


Para Ti

Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo

Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre

Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida

Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Raios & Coriscos

Raramente vou à pedicure, e quando vou e até deixo que me ponham uma corzinha nas unhas sou obrigada a usar sapatos fechados, porque a Primavera contínua tímida, muito tímida!

domingo, 26 de maio de 2013

Hoje é o meu dia!

38 já cá cantam! Que venham pelo menos outros tantos... mas confesso que o meu objectivo é mesmo chegar aos 100!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Assim, assim...

Hoje e apesar de estar em véspera de mini-férias, andei todo o dia assim-assim, nem bem, nem mal, mas com uma certa inquietação não sei bem vinda de onde... ou pelo menos não sabia. Talvez uma partida da mente. Só agora me lembrei do que o meu pai me contou esta manhã...

A saúde da minha avó não anda bem e é triste saber que a própria já diz que "mais valia morrer"!

E a 2000 km de distância pouco ou nada posso fazer para lhe dar alguma força e ânimo!

terça-feira, 21 de maio de 2013

No meu serviço aparece de tudo...

- O alcoólico crónico sempre com a mesma solicitação: "tens cá o livro do Che?" e muitas vezes com o cigarrinho na mão e eu com o blá blá da praxe tenho de informar que aqui não se fuma e que o dito livro não está disponível.

- O neurótico nervoso, vestido com calção de ciclista e camisa de xadrez, que está sempre a resmungar entre dentes e a martelar no teclado dos computadores, como se estivesse a tentar esculpir algo nele.

- O casalinho de namorados, que não se consegue lembrar de lugar mais indicado para trocar umas beijocas e que de vez em quando me obrigam a advertir que este não é o local indicado para "amassos".

- O sexagenário que de vez em quando se esquece e visita sites pornográficos, que me força a informá-lo discretamente que é proibido fazê-lo aqui.

- A vizinha a quem foi cortada a electricidade e trás os telemóveis de toda a família para carregar a bateria  Um tolera-se, mas meia dúzia é abusar da sorte.

- A jovem que aproveita a pausa no seu trabalho para limar e cortar as unhas e que quando a miro esconde as ferramentas na tentativa de disfarçar.

Estes são os mais caricatos de que me lembro agora... mas há mais!
Pelo menos ajudam a quebrar a monotonia no trabalho.

A dois passos das "mini-férias"

 
Faltam apenas 2 dias para iniciar as minhas primeiras miniférias do ano... e confesso já me estou a sentir animada só pela perspetiva, pois sinto que estou mesmo a precisar de quebrar rotinas.
 
Dom Pimpolho vai passar 2 dias com a tia, vamos pela primeira vez com ele à piscina e teremos 2 aniversários: o do meu maridão e o meu! Mas como as datas são tão próximas fazemos uma festa 2 em 1!
 
É já na quinta-feira que têm início as primeiras férias do ano... Iupiiiiii... e em Junho haverá mais uma semaninha para assinalar os 10 anos de união!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Concordo plenamente!

Devia ser proibido ensinar a ler e a escrever no jardim de infância”. A ideia foi defendida por Eduardo Sá no encontro “Vale a Pena ir à Pré”, uma iniciativa conjunta da Carlucci American International School of Lisbon (CAISL) e da revista Pais&filhos destinada a debater e esclarecer o valor do ensino pré-escolar na educação de uma criança. (…)

“O jardim de infância não é para aprender a ler nem a escrever”, criticou, lembrando que “as crianças antes de aprender a ler, aprendem a interpretar “ e que “não é por tornarmos uma criança um macaquinho de imitação que ela vai ser mais inteligente”. Eduardo Sá, psicólogo clínico com grande parte da sua carreira dedicada à psicologia infantil, defendeu que o jardim de infância deve antes ser um local onde a criança exerça atividade física pois, justificou, “as crianças aprendem a pensar com o corpo” e se souberem mexer o corpo “mais expressivas serão em termos verbais”.

Além disso, prosseguiu, o jardim de infância deve ser um local para a criança receber educação musical (“a música torna-os mais fluentes na língua materna”) e educação visual (“quanto mais educação visual tiverem, menos dificuldades têm de ortografia”). Por outro lado, disse ainda, as crianças precisam de “contar e ouvir histórias” no jardim de infância, sublinhando que “as histórias ajudam a pensar” e a “linguagem simbólica a arrumar os pensamentos”.

Mas, mais que tudo isso, o jardim de infância deve ser um espaço para a criança brincar. A brincadeira é um “património da humanidade” que a ajuda “a pensar em tempo real e a resolver dificuldades”, salientou o psicólogo, sublinhando que “brincar não pode ser uma atividade de fim de semana” nem os espaços para brincar podem estar confinados a pátios fechados. “É obrigatório que as crianças brinquem na rua”, defendeu. (…)

Fonte: http://www.paisefilhos.pt/index.php/actualidade/noticias/6211-eduardo-sa-e-o-ensino-pre-escolar
Deixemos as crianças ser crianças. Elas têm tempo para crescer!

Coisas do meu miúdo!

Durante a semana passada não houve dia, em que ao sair da creche Dom Pimpolho não me tenha dito: “Mãe quero ir à biblioteca ler livros.”

Fomos lá na Segunda e voltámos novamente na Sexta.

Depois de lhe ter lido uma dúzia de livros e vendo as horas a avançar, disse-lhe:

- Está na hora de ir embora. Já lemos muitos livros hoje!

 Ao que dom Pimpolho respondeu:

- Mas ainda não lemos os livros todos!!!

Nota: mais cedo ou mais tarde vai concluir que numa vida inteira não terá tempo para ler tudo o que quer ler. A minha lista de leituras pessoal é interminável e não pára de crescer.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Rir é um bom remédio...


Entre pesquisas profissionais deparei-me com esta parvoíce e fartei-me de rir!

Dança...



Enlaça-me a Alma e dança.
Solta de mim a fera, enjaulada, aquietada em espera.
Liberta a fêmea que habita em seiva
circulante na rosa que mordo sob a boca
e que agora te ladeia, em compasso, sobre a mesa-palco,
serena e mansa.

Dança a valsa, dança um afectivo,
pausado, dorido, tango antigo.
Mas dança, baila, baila um bailado doce, infindo.

Cinge-me as veias, filão vermelho do corpo,
num aperto longo, louco. No destemperamento!
Como se fossem elas as tuas próprias raízes.
Deixa que brote árvore, frondejante.
Deixa que expluda em perpétuas ramagens,
e sejam elas de nós abrigo, acolhimento.

Dança, desliza, leve brisa, nesta adusta pista.
Passo, a passo, por dentro da enseada
da aurora boreal da madrugada.

No toque leve
No afago
No instinto.
...Breve.
Voguemos elevados, diáfanos ou divinos,
na ponta convincente do cometa. Na saliva
com que desfolhamos, uma a uma as páginas
de um envelhecido livro da vida
em busca da sua essência.
No esmero, na sapiência ...

Enlaça-me a Alma e dança.

Mel de Carvalho in sibilam pedras na encosta

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Números e mais números...

"Sabemos que a austeridade teve já resultados catastróficos na vida material (e na saúde e na morte) dos portugueses. Sabemos menos como ela afeta a prática da democracia. Muito pouco conhecemos dos seus efeitos na vida psíquica e espiritual e no nosso ânimo vital. A verdade é que se criou uma atmosfera com a ditadura das finanças que contamina e envenena a vida. Como no reino do Rei Ubu, «mestre das Phunanças».
O discurso incessantemente matraqueado sobre as «metas orçamentais», as percentagens das taxas de desemprego, de pauperização, da fome, os mil gráficos sobre toda a espécie de fenómenos sociais, fazem tudo passar pelos números. Estes rebatem-se sobre as coisas, sobre os pensamentos, os afetos, as relações entre os seres, sobre o prazer e a dor, sobre as ambições e os sonhos. Rebatem-se e absorvem-nos. O prazer deixa de existir em si, é condicionado e avaliado pelo seu custo, tornando-se mesmo o prazer do preço.
Não só se contêm os gestos, se reduzem os possíveis de uma vida, se encolhe a existência, se abafa ainda mais, mas é a própria textura dos sonhos que adoece, se limita e petrifica. Deixou-se de sonhar. É um assassínio do espírito."

José Gil In Visão nº 1053 (9 de Maio de 2013)

Manhas e artifícios

"O aumento do horário semanal de 35 horas para 40 horas representaria um aumento de mais de 128,4 milhões de horas de trabalho por ano, o que corresponde ao tempo de trabalho anual de cerca de 72.000 trabalhadores. É evidente que o governo e a "troika" pretendem também, com esta medida, criar artificialmente um elevado número de excedentários para assim ter uma justificação para realizar elevado número de despedimentos na Função Pública (...)"
 
Eugénio Rosa (economista) in Diário As Beiras nº 5943 (15.05.2013).
 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pérolas do passado

E para desanuviar um momento de descontração...
com uma pérola publicada na
Comarca de Arganil nº 1415 de 27 de Janeiro de 1928

Pais perfeitos não existem

... mas todos tentamos ser o mais perfeitos possíveis! Ser pai/ mãe exige aprendizagem constante, e não há formulas para se acertar no caminho correcto, há sim pistas, com as quais nos podemos ou não identificar!

José Miguel Oliveira enumera os 33 erros mais comuns que os pais cometem. Concordam?

Os 33 erros mais comuns dos pais (e encarregados de educação)

1. Pensar que existem pais perfeitos…
2. Não reconhecer que comete alguns dos erros aqui enumerados
3. Ter regras para tudo e mais alguma coisa
4. Focar-se nos regulamentos e nos procedimentos
5. Assobiar para o lado (não definir regras)
6. Generalizar a falha para avaliar o carácter (és um falhado, não tens consideração pelos outros, és um egoísta, não sabes fazer nada, nunca tomas atenção a nada)
7. Generalizar a falha para vaticinar ou o sobre o futuro (assim nunca vais ser nada na vida, nunca serás ninguém, serás sempre um preguiçoso)
8. Jogar sempre ao ataque – criticar a pessoa em vez do comportamento
9. Expor o erro: «É para ver se tens vergonha!»
10. Querer sol na eira e chuva no nabal (responsabilidade vs autonomia)
11. Poupar os elogios para «um dia de chuva»
12. Ouvir só com os ouvidos
13. Desvalorizar os medos e os sentimentos do outro
14. Ter medo de mostrar ter medo
15. Não trocar de óculos (ver os filhos a partir do que os pais foram, ou acham que foram)
16. Responder com ricochete: «olha, também eu tenho problemas e não me queixo…»
17. Castastrofizar os problemas / Amplificar os problemas
18. Fazer da vida um Mar de Rosas + Maquilhar as dificuldades (na e da família)
19. (Des)Culpabilizar-se pelas dificuldades, falhas ou deficiências dos filhos
20. Querer ser fixe a todo o momento
21. Falar «buerês»
22. Moralizar até fazer chorar as pedras da calçada
23. Ser picuinhas
24. Ser polícia, fiscal ou espião
25. Querer agradar a gregos e a troianos
26. Forçar os filhos a ler os grandes poetas sem nunca ter lido um dos poemas que os filhos guardam nas gavetas
27. Dar respostas de enciclopédia a perguntas de algibeira / Dar respostas de pacotilha a perguntas profundas / Não dar respostas / Responder a tudo, até ao que nem foi perguntado
28. Negociar o inegociável (princípios e valores) + Trocar o amargo por um doce (compensação de um dever com um chocolate)
29. Mandar para os «calabouços» quem não comeu a sopa ou não fez os trabalhos de casa (tantas vezes associado à comunicação da penalização pelo incumprimento da regra só à posteriori)
30. Ter mais olhos que barriga – prometer e não cumprir
31. Fazer por cima. Alisar o caminho. Fazer em vez de ensinar.
32. Não namorar em frente aos filhos – não ter vida para além dos filhos
33. Deixar macerar ressentimentos

Autor: José Miguel Oliveira

Coisas que me irritam...

Não haver valorização do saber fazer!
Para se merecer manter um posto de trabalho não importam os anos de experiência, as formações profissionais realizadas, o trabalho desenvolvido com qualidade e o profissionalismo demonstrado.
Não desvalorizando as licenciaturas no geral, o papelinho que se obtém no final é que é o passaporte para ficar!
E quantos conheço eu que com tal papelinho na mão não sabem, nem fazem mais de que um simples assistente técnico? Mas têm o papelinho... e por isso estão na linha da frente!

Desculpem mais este desabafo... mas há coisas que me ficam atravessadas na garganta, e escrevê-las é uma forma de sentir algum alívio e de me libertar delas!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Síntese dos acontecimentos...

Ninguém sente segurança nos dias que correm. Todos temos medo do amanhã e do depois do amanhã... e no entanto novas medidas estranguladoras são anunciadas diariamente. Nós com medo calamos, acatamos... na esperança de segurar o "pão nosso de cada dia"!

Até quando?

Nestes links encontra-se uma boa síntese dos mais recentes planos do nosso governo:

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Outras visões

Vale a pena ler. Pode parecer utópico, mas estou convicta que só tornaremos a encontrar equilíbrio se grandes mudanças forem feitas!
 
"A finalidade de todo e qualquer trabalho realizado pelo homem permanece sempre o próprio homem."
É exatamente o contrário daquilo a que assistimos nas sociedades modernas. Tirar a pessoa do centro para lá colocar o capital é recusar a centralidade da pessoa, é recusar o pilar estruturante de uma sociedade ou de um sistema justo, solidário e humano.
 
Sigam o link para ler o texto na integra! Vale a pena o confronto com outras visões, nem que seja apenas para provocar a reflexão.

Quem me dera poder...


...fugir para outro mundo! Para outra realidade...
Ando frustrada com a sociedade em que vivemos,
com os valores ou a sua inexistência.
Desiludida...
Todos os dias as mesmas questões me invadem!
Todos os dias um pouco mais angustiada.
Para que vivemos?
Para trabalhar, produzir e consumir?
Não me contento com tão pouco.
Mas estou também neste barco e não o posso abandonar,
sob pena de naufragar.

Coisas que me irritam...

... pessoas que só cumprimentam quando lhes convém.
 
Sexta-feira no final do dia, a poucos metros de mim vi uma ex-colega de trabalho e de curso. Estou certa de que me viu também, mas quando cheguei mais perto virou-se para o rapaz com quem estava a falar e fingiu não me ter visto. Mesmo assim cumprimentei e de volta ouvi um "olá" seco de quem se sentiu incomodada.
 
No dia seguinte passei frente a casa desta mesma pessoa. Ela estava na varanda a estender roupa e como se fossemos grandes amigas saudou: Olá M. Tudo bem contigo?
 
Claro está respondi. Mas irritam-me pessoas tão pouco coerentes.

sábado, 11 de maio de 2013

Bom fim de semana!



Um bom fim-de-semana, risonho, solarengo,
bem disposto e feliz é o que desejo a todos!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Continuamos a viver no país do papel!


Depois de alguns meses de reflexão sobre qual o melhor jardim-de-infância para Dom Pimpolho, começou a fase de inscrição. Nunca imaginei que fosse tão complexo e envolvesse tanta papelada!

- Primeiro a inscrição no agrupamento de escolas. Documentos do miúdo, documentos dos pais, fotografia, boletim de vacinas e o primeiro obstáculo. Não queriam aceitar a minha primeira escolha. Lá bati o pé e depois de alguma insistência consegui que a aceitassem. No entanto só vou ficar a saber para que escola vai no início de Setembro. Parece-me ridículo só ficar a saber desse grande pormenor no início do ano lectivo.

- Segundo passo: entrega de papelada na Câmara Municipal para garantir as refeições na cantina e a componente de apoio aos pais. Como já sei de antemão que não irei ter direito a qualquer apoio social vou apenas entregar metade da papelada exigida. Nada de IRS e outros dados sobre a minha vida financeira!

- Terceiro passo: inscrição na instituição onde funciona a componente de apoio aos pais. E aí não há como fugir à papelada, IRS incluído, pois é necessário para cálculo do valor a pagar mensalmente.

Está quase tudo resolvido!

Mas questiono-me será que com as novas tecnologias que temos actualmente ao nosso dispor, todas estas instituições não poderiam partilhar os dados entre si? Evitando que nós pais nos tenhamos que deslocar vezes sem fim a estes vários lugares, gerando ausência do trabalho e decréscimo da produtividade???

O blogger está maluco...

Não sei o que se passa, mas há algo de errado! Tento visualizar o meu blog escrevendo o endereço www.devaneios-entre-paginas.blogspot.pt na barra para o efeito e sou automaticamente redireccionada para a página opromo?!?! onde em cima aparece uma pequena mensagem a indicar "this domain name has expired"!

Alguém me sabe ajudar a resolver este problema? Têm tido problemas em visualizar o meu blog???

Socorrooooooooooo!!!!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Coisas do meu miúdo!

Estávamos na varanda lá de casa e de repente ele diz-me:

- Olha mãe! Estão 3 mamas no estendal!

Alguém sabe a que se referia?

(3 soutiens)

Matemática das meias

 
Era daquelas tarefas que há muito queria fazer... mas fui adiando por preguiça! Ontem foi o dia de arrumar as meias de Dom Pimpolho... 3 caixas de sapatos cheiinhas.
 
Antes de começar o descarte, fiz a contabilidade.
 
Sem contar as meias novas, tinha a módica quantia de 78 pares de meias a uso (e ainda no fim do Verão passado tinha retirado tudo o que já não lhe servia!). Um exagero, eu sei...
 
Quase uma hora depois dei a minha tarefa por terminada: 32 pares descartados! Se as vendesse a 0,50 € por par ainda arranjava uns trocos. [lol]

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Molas suícidas!


Os sonhos continuam a povoar as minhas noites e cada um consegue ser mais aparvoado de que o anterior.
Ontem à noite sonhei que as minhas molas da roupa se estavam a atirar varanda abaixo.
Relanço a questão: sinal de cansaço ou loucura?

terça-feira, 7 de maio de 2013

Últimas frases: sonho ou realidade


"- Acho que devemos estar gratos ao destino por termos saído ilesos dessas aventuras - tanto as reais como as que sonhámos.
- Tens a certeza disso? - interrogou ele.
- Dim, como também tenho a certeza que não é a realidade de uma única noite, nem a de toda uma vida que corresponde à verdade intrínseca de um ser humano.
- Nem sonho algum - suspirou ele calmamente - é inteiramente sonho.
Albertine segurou-lhe a cabeça com ambas as mãos e encostou-a ao seu seio.
- Agora estamos plenamente acordados - observou ela - por muito tempo.
«Para sempre» quis ele acrescentar. Mas antes que articulasse uma palavra, ela colocou-lhe um dedo sobre os lábios e murmurou como que para si própria:
- Nunca se deve averiguar o futuro.
E assim ficaram deitados, em silêncio, dormitando aos poucos, num sono despovoado de sonhos, juntos um do outro. Até que, como todas as manhãs, às sete horas, se fez ouvir uma batida na porta do quarto e, com os habituais ruídos vindos da rua, um triunfante raio de sol deslizando entre as cortinas e a gargalhada alegre de uma criança no quarto ao lado, outro dia começou."

Arthur Schnitzler in A história de um sonho

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O que ando a ler


Escritos secretos de Sebastian Barry

"Roseanne McNulty tem perto de cem anos e é a doente mais antiga do hospital de saúde mental de Roscommon. O doutor Grene, o psiquiatra encarregado da avaliação dos pacientes, sente-se intrigado pela história daquela mulher, que passou os últimos sessenta anos da sua vida em instituições psiquiátricas. Enquanto o médico investiga, Roseanne faz uma retrospectiva das suas tragédias e paixões, que vai registando no seu diário secreto, desde a turbulenta infância até ao casamento que lhe prometia a felicidade. Quando o doutor Grene desvenda por fim as circunstâncias da sua chegada ao hospital, é conduzido até um segredo chocante.

Um livro primorosamente escrito, que narra uma história trágica, fruto da ignorância e mesquinhez, mas ainda assim fortemente marcada pelo amor, pela paixão e pela esperança."
 
Já li as primeiras cem páginas e estou a gostar bastante. Um registo mais íntimo que sem dúvida conduz a profundas reflexões.

E chegou ao fim...

o fim-de-semana!
Custa-me cada vez mais enfrentar a segunda-feira, embora saiba que a semana passa a correr. Mas agora que o tempo está bom temos aproveitado tão bem os fins-de-semana: cafézinho na esplanada enquanto o cachopo observa os repuxos da fonte da praça e corre que nem um perdido atrás das pombas; brincadeiras no parque; caminhada pela mata... regresso a casa para o almoço e a sesta e depois de acordar nova ida a outro parque para brincadeiras com os amiguinhos enquanto eu e o pai tentamos sociabilizar um pouco!
Se eu ganhassse o euromilhões (nem precisava de ser o primeiro prémio) deixaria logo de trabalhar! Há tantas coisas boas que podemos fazer na vida... e não é que não as fáçamos, mas fazemos tudo a correr. A correr contra o tempo, que teima em avançar em passo acelerado!
 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Desfralde noturno "autónomo"


Dom Pimpolho já há uma série de meses que não usa fralda durante o dia! Até durante a sesta (que dura 3 horas) dorme sem ela!  Até há cerca de um mês atrás eu ainda lhe colocava a fralda em viagens de carro longas, mas agora até isso ele recusa!

À noite ainda lhe coloco fralda, mas em 95% das vezes acorda com ela sequinha. Estava à espera de dias mais quentinhos para lha retirar, com medo dos acidentes e das roupas que por consequência há que lavar... mas parece-me que não tarda muito para Dom Pimpolho se recusar a deixar colocar a fralda da noite...

Hoje eram 6.15 da manhã e ouço-o a chamar-me: "Mãe, Xixi..." virei-me na cama com esperança que aquilo fosse apenas manha para poder sair da cama. Mas alguns instantes depois ele insistiu: "Mãe, Xixi...". Lá fui ao quarto dele e quando lá cheguei o rapaz diz: "Mãe quero fazer Xixi e já tirei a fralda"!

Sinal de loucura ou simples cansaço?

Quando recomecei a trabalhar após a licença de pós-parto institui o hábito de dormir a sesta da tarde, aquando a sesta de D. Pimpolho. Nos primeiros tempos adormecia facilmente e conseguia dormir tranquila durante uma hora ou até mais.
Ultimamente dormir, ou melhor dizendo, dormir a sesta virou frustração e ao mesmo tempo martírio.
Sinto-me cansada e com sono, mas assim que me deito sou assaltada por um turbilhão incessante de pensamentos.
Faço um esforço para não pensar, simplesmente relaxar. Em vão.
Conto carneirinhos até me faltar o fôlego. Sem sucesso.
Basta uma pequena distracção e lá estão novamente os pensamentos em turbilhão.
E o pior é que a vontade de dormir é tão grande que sou capaz de ficar deitada neste estado durante uma hora e meia.
Ontem, enquanto tentava em vão adormecer, deu-me para pensar em:
- Decomposição de mortos (onde raio fui desencantar tal tema…)
- O cada vez maior número de pessoas com cancro que “me” rodeiam e o porquê de aparecerem tantos casos: poluição? Alimentação? Pesticidas e adubos? Manipulação genética?
Por fim, conclui que talvez o melhor seja deixar de dormir a sesta.
Pelo menos à noite quando me deito ainda adormeço quase instantaneamente!